Automatic speech recognition as a pronunciation teaching resource: what are the in- service teachers' perceptions of this speech technology?

Abstract

Pronúncia é um elemento chave para alcançar uma comunicação oral bem-sucedida. No entanto, em muitos programas de língua, a pronúncia é um componente comumente negligenciado (DERWING, 2010) principalmente devido a restrições de tempo e à falta de conhecimento sobre implicações pedagógicas para o ensino de pronúncia. As tecnologias digitais podem ajudar no ensino da pronúncia, especialmente o Reconhecimento Automático da Fala (ASR ? Automatic Speech Recognition). Este estudo procurou explorar as possibilidades do ASR para o ensino da pronúncia a partir da perspectiva dos professores de inglês atuantes e investigar a avaliação dos professores sobre atividades de pronúncia baseadas no uso de ASR. Para isso, uma oficina on-line foi realizada para dois grupos diferentes a fim de reunir as percepções dos participantes sobre essa tecnologia. Além disso, sete atividades de pronúncia baseadas em ASR foram disponibilizadas para a avaliação dos participantes. As atividades foram criadas respeitando os seis critérios de adequação às tarefas CALL (CHAPELLE, 2001) e as fases 3 a 5 da estrutura comunicativa para o ensino da pronúncia do inglês (CELCE-MURCIA; BRINTON; GOODWIN, 2010). Antes da oficina, os participantes responderam a um questionário online para coletar informações contextuais e outro questionário online foi aplicado após a oficina para coletar suas percepções em relação ao uso de ASR para o ensino de pronúncia. Um total de 5 participantes estiveram presentes na primeira sessão e outros 7 na segunda (n=12). Todos os participantes eram professores de inglês, do setor público ou privado. Os dados dos questionários foram analisados quantitativamente através de estatísticas descritivas. Uma pergunta aberta do questionário final, as transcrições das gravações das oficinas e os registros de bate-papo salvos foram analisados qualitativamente. Os dados foram categorizados durante uma análise sistemática de conteúdo, codificados e depois analisados qualitativamente. As percepções dos participantes indicam que o ASR pode 1) ser usado como uma sugestão de ferramenta para aprendizagem autônoma; 2) ajudar a incentivar os alunos a produzir mais linguagem oral na língua-alvo fora da sala de aula; 3) fornecer aos alunos um feedback ortográfico relevante; 4) ser usado como um suplemento fora da sala de aula; e 5) ser um recurso auxiliar adequado para o ensino da pronúncia em aulas regulares, especialmente, em um ambiente híbrido. Além disso, os participantes relataram ter percepções positivas em relação às atividades e como elas foram apresentadas durante a oficina. Eles também indicaram que as atividades forneceram aos professores suporte técnico, procedimentos e técnicas para utilizar o ASR de forma prática. Conclui-se que as possibilidades do uso de ASR para o ensino da pronúncia são numerosas. No entanto, a mediação dos professores é de suma importância para um melhor resultado. Assim, os resultados apresentados podem ajudar os professores a contornar algumas das limitações do ASR e se beneficiar de suas potencialidades. Em resumo, esta pesquisa contribui com o campo da linguística aplicada ao oferecer ideias sobre como usar o ASR para o ensino da pronúncia e apoio pedagógico para que os professores possam usar esta tecnologia com confiança em suas aulas de inglês.

Abstract: Pronunciation is a key element in achieving successful spoken communication. Yet, in many language programs, pronunciation is a commonly neglected component (DERWING, 2010) mainly due to time constraints and a lack of knowledge concerning the pedagogical implications to teach pronunciation effectively. Digital technologies may aid pronunciation teaching, especially Automatic Speech Recognition (ASR). This study sought to explore the affordances of ASR for pronunciation teaching from the perspective of in-service English teachers and investigate teachers? appraisal of ASR-based pronunciation activities designed to be implemented in L2 English classes. To achieve these objectives, this research followed a mixed-method approach. An online workshop session was delivered to two different groups of participants in order to gather participants? perceptions of ASR technology for pronunciation teaching. In addition, seven ASR-based pronunciation activities were made available for their appraisal. The activities were designed respecting the six criteria for CALL task appropriateness (CHAPELLE, 2001) and phases 3 to 5 of the communicative framework for teaching English pronunciation (CELCE-MURCIA; BRINTON; GOODWIN, 2010). Participants answered an online background questionnaire before the workshop session to collect background information, and an online survey after the workshop session to collect their perceptions of ASR for pronunciation teaching. A total of 5 participants joined the first session while 7 joined the second session (n=12). All participants were in-service English teachers from both the public and private sectors. Data from the background questionnaire and the online survey were analyzed quantitatively by running descriptive statistics. An open-ended question from the online survey, the transcriptions of the workshop session recordings, and the saved chat logs were analyzed qualitatively. Data were categorized during a systematic content analysis, coded, and then analyzed qualitatively. The overall perceptions of the participant-teachers indicate that ASR can 1) be used as a tool for self-studying; 2) help encourage learners to produce more output outside the classroom; 3) provide students with relevant orthographic feedback; 4) be used as an out of class supplement; and 5) be an adequate auxiliary resource for pronunciation teaching in regular classes, especially, in a hybrid environment. In addition, participant-teachers reported holding positive attitudes towards the ASR-based pronunciation activities and how they were presented during the workshop session. They also indicated that the activities provided teachers with procedures and techniques to use ASR for pronunciation teaching in a practical way. It is concluded that the affordances of ASR for pronunciation teaching are numerous. Yet, teachers? guidance is of paramount importance for an optimal result. Thus, the presented findings and pedagogical implications may help teachers to circumvent some of the ASR limitations and benefit from ASR affordances. All in all, this research contributes to the field of applied linguistics by offering insights into how to use ASR technology for pronunciation teaching and what further support teachers need in order to use this technology confidently in their L2 English classes.