Abstract:
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Este trabalho discute a ideia de mestre em Nietzsche a partir das críticas do autor à educação de seu tempo. Na primeira parte, investiga-se o problema do mestre em meio à cultura, ao conhecimento e à erudição na Alemanha do século XIX, abordando a história do ?Nietzsche educador? e sua crítica ao método dialético socrático. No capítulo seguinte, busca-se reconstituir o discurso de Nietzsche acerca dos seus mestres: Schopenhauer e Wagner, o que demonstra a importância e a necessidade dos modelos clássicos como guias e inspiradores. Aborda-se também o conceito nietzschiano de imitação criadora e adestramento linguístico. No terceiro capítulo, destacam-se as três tarefas afirmativas, retiradas do capítulo VIII, de Crepúsculo dos ídolos: o aprender a ver, aprender a pensar, aprender a falar e escrever, e com as manobras da máxima: "torna-te aquilo que és", indica-se a noção de um estilo artístico-estético. A pesquisa é de cunho bibliográfico e por meio da "frequentação" dos textos nietzschianos acerca do tema, o problema de pesquisa vai sendo contemplado. Em verdade, grande parte das reflexões nietzschianas sobre a educação é retirada de sua experiência particular, e, dentre os resultados obtidos, conclui-se que a ideia de mestre em Nietzsche é uma composição de "tipos" oriundos de vivências e experiências. Neste momento, percebemos que o filósofo reúne teoria e prática, aventura-se nas intermitências da ação e do pensamento e acaba depositando uma bela esperança no mestre. |