Elucidação dos mecanismos de formação de óxido de cobre nanoestruturado por síntese verde mediada por extrato de erva-mate​

Abstract

As nanopartículas de óxido de cobre (CuO) vêm ganhando destaque devido às suas propriedades eletrônicas, catalíticas e antimicrobianas, com aplicações em sensores, energia e agricultura. Métodos convencionais de síntese, embora eficientes, utilizam reagentes tóxicos e altas temperaturas, reforçando a busca por rotas verdes mais sustentáveis. Neste trabalho, avaliou-se a síntese de CuO empregando extrato de Ilex paraguariensis (erva-mate) como agente redutor e estabilizante, comparando-a com rotas convencionais e híbridas. Foram realizados cinco ensaios (Verde, convencional e 3 híbridas) , variando a ordem de adição dos reagentes e submetendo os precipitados a secagem e calcinação. As análises por FTIR e DRX mostraram que, antes da calcinação, as rotas verde e híbrida formaram predominantemente complexos organocúpricos, enquanto a convencional levou à formação de intermediários inorgânicos já cristalinos. Após a calcinação, todas as amostras apresentaram picos característicos de CuO cristalino, confirmando a conversão. Os resultados demonstram que o tipo de intermediário influencia diretamente a cristalinidade e a estabilidade do material final, evidenciando o papel do extrato vegetal no controle do processo de síntese.