Obtenção de macromoléculas a partir do resíduo da semente de pracaxi

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Obtenção de macromoléculas a partir do resíduo da semente de pracaxi

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Title: Obtenção de macromoléculas a partir do resíduo da semente de pracaxi
Author: Rodrigues, Beatriz Alves Benedet Ofugi
Abstract: O processo de extração do óleo de pracaxi (Pentaclethra macroloba), feito por comunidades do norte do Brasil, gera resíduo que ainda contém óleo residual e é rico em macromoléculas como amido, proteína e fibra, mas acaba sendo descartado. Visto isso, o objetivo desse projeto foi aproveitar a torta de pracaxi pela extração do óleo residual, bem como o fracionamento da sua biomassa em fração glicídica e fibra, além da caracterização dos materiais obtidos em propriedades físico-químicas (solubilidade e teor de umidade), composição (GC-MS, quantificação de amilose e amilopectina) e grupos químicos (FTIR), visando a identificação de potenciais aplicações em produtos de valor agregado. Para isso, o óleo residual foi extraído por extração etanólica assistida por ultrassom (1:10 v/v, amostra/etanol). Subsequentemente, a fração glicídica foi obtida pelo método de moagem úmida. A fração de fibra alimentar foi o material sólido residual gerado na etapa de extração da fração glicídica. Como resultado, teve-se o rendimento de conversão da biomassa em fibras alimentares de 33,2% (m/m, b.s) e de fração glicídica de 80,1% % (m/m, b.s). A quantificação de amilose e amilopectina resultou na ausência de amido nas frações glicídicas. Em análises preliminares, observou-se que o resíduo da extração do óleo de pracaxi é rico em carboidratos, fibras, proteínas e lipídios, sendo o perfil da composição química da fração lipídica rica em ácidos graxos, tendo o ácido oleico (C18:1), ácido behénico (C22:0), ácido linoleico (C18:2) e ácido lignocérico (24:0) como os principais em termos percentuais, correspondendo a 53,4%, 16,9%, 10,2% e 10,6%, respectivamente (91,1% da composição total). Na análise de compostos voláteis, identificou-se principalmente o 1-Butanol, 3-methyl-, acetate, a 4H-Pyran-4-one, 2,3-dihydro-3,5-dihydroxy-6-methyl-, a triacetina, o oleato de etila e n-alcanos. Esses resultados mostram que a biomassa residual do óleo de pracaxi apresenta compostos com um potencial de uso como aromatizantes, antioxidantes, desidratantes e biocidas (CHEN, 2021; ISOAMYL ACETATE, 2025; OLEATO DE ETILA, 2025; QUINN, 2015), além de plastificantes, solventes, lubrificantes e como componentes em cosméticos (CLOUGH, 2014; DODECANE IN FOCUS: INNOVATIONS AND FUTURE POTENTIAL, 2025; TETRADECANE, 2025). Além disso, destaca-se o potencial da biomassa para obtenção de macromoléculas e aplicação como ingrediente em alimentos (fonte de proteínas e fibras alternativas), novos materiais para embalagens sustentáveis, biofilmes, nanofibras e nanoemulsões. Também, a fração lipídica pode ser utilizada para fins farmacêuticos, pela presença do ácido benzóico e suas propriedades cicatrizantes, dos ácidos oleico e linoleico, da família dos monoinsaturada, ômega 9 e ômega 6, que também possuem propriedades funcionais para área de alimentos e restauradoras que podem ser usadas em cremes e emulsões, no setor de cosméticos.
Description: Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro Tecnológico. Departamento de Engenharia Química e de Alimentos.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/268167
Date: 2025-09-06


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