William Blake's "Contraries" as dialectical irony in Songs of Innocence and of Experience

Abstract

O objetivo desta dissertação é conduzir uma análise comparativa da poesia irlandesa sobre a Primeira Guerra Mundial com a poesia britânica referente ao mesmo conflito, tendo por foco a questão de lealdade e as razões para lutar apresentadas nos poemas. Um total de dezoito poemas são analisados através de close reading e atenção ao contexto histórico em torno do envolvimento irlandês e britânico na Guerra, bem como às relações entre os dois países à época do conflito. Na primeira parte da análise, poemas lidando com os conceitos de King and Country ou patriotismo são discutidos, seguidos por poemas que se posicionam em relação a valores de honra e morte gloriosa, bem como obras que empregam elementos religiosos. A análise então se volta para poemas cujo foco é o inimigo, uma lealdade aos companheiros, ou nos quais a lealdade está associada a laços locais ou regionais no lugar de conexões nacionais. A conclusão alcançada é que não há uma distinção marcada entre as questões levantadas em poemas irlandeses e britânicos da Primeira Guerra Mundial; no entanto, o tratamento que esses poemas dão a tais questões ocorre de variadas formas.</br>

Abstract : The objective of this thesis is to propose the utilization of irony as a key for reading William Blake?s Songs of Innocence and of Experience. Firstly, a brief history of the concepts of irony is made. Two concepts in particular are crucial in this thesis: Fridrich Schlegel?s Romantic irony and the irony analyzed by David Simpson in the works of British romantic poets. The analyses do not consider only textual aspects of the poems, and also consider pictorial aspects of the plates, treating each poem as a hybrid work. Firstly, individual poems from the ?Songs of Innocence? section are analyzed, in a three-step reading process. This process searches for ironic tensions inside the poems. In a second stage, the so called ?mirror poems? (two poems, one in each section of the book, which have either the same titles or reveal an antithesis in the titles) are analyzed, also using a three-step reading process. In this case, the ?mirror poems? are contrasted between themselves. Both reading processes, in their third moment, aim at reaching a dialectical synthesis of the two antithetical readings performed in the first two steps. At the end, a reflection on how the analyses were able to deal with the concepts of irony by Schlegel and Simpson is carried out. The conclusion is that two out of three aspects of Simpson?s irony frequently appear in the poems, and that the process of reading performed in the analyses bear great similarity with Schlegel?s concept of Romantic irony, revealing itself to be a productive key for reading Blake?s book, and which reveals analogies in Blake?s and Schlegel?s processes of creation and reading.