Title: | Heidegger, o pensar a angústia enquanto uma abertura para a formação humana |
Author: | Mannes, Israel |
Abstract: |
Esta dissertação de mestrado busca interpelar fenomenologicamente a formação humana desde a ontologia fundamental de Martin Heidegger. As fontes basilares da pesquisa são as obras Ser e Tempo (1927); Carta sobre o humanismo (1946), Os conceitos fundamentais da metafísica: mundo - finitude ? solidão (1929/1930), Introdução à metafísica (década de 1920), O que é metafísica? (1929), Ontologia: hermenêutica da facticidade (1923). A pesquisa delimita-se acerca do fenômeno da angústia na concepção de Heidegger enquanto um encontrar-se fundamental a partir da qual se abre a possibilidade do homem formador de mundo interrogar a formação humana. O Dasein em sua estrutura constitutiva tem o caráter privilegiado de se abrir ao entendimento do ente que ele mesmo não é e de se abrir para o seu próprio modo de entendimento, com uma analítica para a possibilidade do seu modo de ser. Nesse entendimento o Dasein já é sempre ser no mundo. Este caminho, esta travessia, isto que nós mesmos somos, coloca em jogo o ?somos?, pois o que se quer dizer com ?somos?? De partida o ?somos? já leva um diante do ?eu? enquanto interrogação, e não de uma interrogação qualquer, mas uma interrogação radical que se coloca enquanto primazia para o que se denomina formação humana. No tratamento filosófico da formação, a Filosofia da Educação desencobre-se como possibilidade de filosofar. Na pesquisa educacional, sob tal influxo de ordem qualitativa, emerge a própria formação. Numa compreensão de mundo formada por uma tempestade de informações, carregada de entendimentos previamente já colocados, em que desaparece por completo a dimensão compreensiva da finitude, a angústia se vela, pois ela ameaça, incomoda e desafia. Se a angústia é um momento essencial que torna o homem único, por que toda a construção de mundo tende a negá-la? Abstract: This research seeks to phenomenologically question human formation from Martin Heidegger's fundamental ontology. The basic sources of the research are the works Being and Time (1927); Letter on humanism (1946), The fundamental concepts of metaphysics: world - finitude - loneliness (1929/1930), Introduction to metaphysics (1920s), What is metaphysics? (1929), Ontology: hermeneutics of facticity (1923). The research delimits itself about the phenomenon of anguish in Heidegger's conception as a fundamental finding from which opens the possibility of the man who forms the world to question human formation. Dasein in its constitutive structure has the privileged character of opening itself to the understanding of the entity that it is not itself and opening itself to its own way of understanding, with an analysis of the possibility of its way of being. In this understanding, Dasein is always being in the world. This path, this crossing, what we ourselves are, puts ?we are? at stake, because what is meant by ?we are?? From the outset, ?we are? already takes one before the ?I? as a question, and not just any question, but a radical question that arises as the primacy for what is called human formation. In the philosophical treatment of training, the Philosophy of Education unfolds as a possibility to philosophize. In educational research, under such a qualitative influx, formation itself emerges. In an understanding of the world formed by a storm of information, loaded with understandings previously placed, in which the comprehensive dimension of finiteness disappears completely, anguish is veiled, as it threatens, bothers and challenges. If anguish is an essential moment that makes man unique, why does the whole world-building tend to deny it? |
Description: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2020. |
URI: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/216100 |
Date: | 2020 |
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PEED1510-D.pdf | 973.0Kb |
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