Nietzsche e Stirner: aproximações acerca do conceito de liberdade para a educação

Abstract

O cenário da educação atual demanda uma reflexão constante sobre a funcionalidade da escola e como ela trabalha o ser humano. Esse trabalho se interessa pela temática trazendo como argumentação a perspectiva da formação humana para a educação. A partir da crítica feita por Max Stirner e Friedrich Nietzsche à educação de sua época, buscamos resgatar algumas preocupações dos autores que podem nos ajudar a pensar a liberdade na formação atual. Realizamos um recorte temporal para isso e selecionamos as obras dos autores que tratam especificamente sobre educação; em Stirner, O falso princípio de nossa educação e O único e sua propriedade e, em Nietzsche, O futuro de nossos estabelecimentos de ensino. Encontramos durante a pesquisa a existência de certo contingenciamento da vida manifesto na prática que se defende por cada um. Stirner propõe uma educação através do corpo e Nietzsche através da língua alemã e dos clássicos gregos e romanos. Essas propostas nos levariam, de acordo com os autores, ao conhecimento de si e a liberdade de ser quem se é, longe das determinações do Estado ou de qualquer interessado. A busca do entendimento próprio também ajudaria nas questões coletivas.

Abstract: The current educational scenario demands a constant reflection about the functionality of the school and how it approaches the question of the human being. This work is interested in the theme, bringing as an argument the perspective of human formation in the education. From the criticism made by Max Stirner and Friedrich Nietzsche to the education of their time, we sought to rescue some of the authors' concerns that may help us to think about freedom in the current human formation. We made a temporal clipping and selected works in which the authors have dealt specifically with education; in Stirner The false principle of our education and The ?only? and its property; and in Nietzsche On the future of our educational institutions. During our research we found the existence of a certain life contingency manifested in the practice that is defended by each author. Stirner proposes an education through the body and Nietzsche through the German language and the knowledge of Greek and Roman classics. These proposals would lead us, according to the authors, to the knowledge of ourselves and the freedom to be who we are, far from the determinations of the State or any interested party. The pursuit of self-understanding would also help with collective issues.