Women's surrealism and the posthuman: the poetry of Beatriz Hausner

Abstract

Surrealismo no século XXI revela que os primeiros princípios do movimento criados por André Breton na França em 1924, vindo de uma tradição Dada, tem sido rearticulados para manter a relevância da arte surrealista no mundo ocidental. O Surrealismo de Mulheres contribui para este contexto ao resistir ao grupo de Breton que excluía mulheres, criando a tradição surrealista da deturpação da representação do indivíduo feminino. Teoristas como Penelope Rosemont e Mary Ann Caws criticam esse Surrealismo antiquado dos anos 1920, dando visbilidade para muitas artistas mulheres. A poeta Beatriz Hausner ocupa uma posição entre estas artistas através da representação do eu feminino, encontrada no livro The Wardrobe Mistress. Nascida no Chile, Hausner leva o legado do grupo Surrealista Mandrágora para o Canadá Inglês ao se mudar para Toronto com a sua família nos anos 1970. Hausner faz uso de imagens surrealistas para construir narrativas que aproximam seres de diferentes espécies, e sujeitos que deturpam as bordas das conceptualizações sobre o que é ser humano e não-humano. Estas relações são percebidas em Enter the Raccoon e em Sew Him Up, analisados através de teorias de pós-humanismo, cosmopolítica e ecologia política. Através deste quadro teórico eu discuto as construções de Hausner de personagens pós-humanos, que são formados por partes humanas e não-humanas, como Raccoon: um guaxinim em tamanho humano que tem membros de metal e comunica-se através em uma área fronteiriça criada por aparatos tecnológicos. Em uma realidade virtual, a persona e Raccoon performam uma relação interespécie. Hausner também constr ói personagens pós-humanos em poemas que dão vida a bonecos inanimados, através da costura: como a boneca Olympia. Esta análise serve como analogia para a reorganização das relações entre humanos e não-humanos, encorajando relacionamentos que curvem a estrutura patriarcal da sociedade e que acabem as opressões.

Abstract: Surrealism in the twenty-first century reveals that the first tenets built for the movement by André Breton in France in 1924, coming from a Dada tradition, have been rearticulated in order to maintain the relevance of surrealist art in the Western World. Women?s Surrealism contribute to this context when resisting to Breton?s exclusionary male-centered group that created the tradition of surrealist misrepresentation of the female self. Theoreticians such as Penelope Rosemont and Mary Ann Caws criticize the old-fashioned Surrealism of the 1920s and give visibility to many women artists. The poet Beatriz Hausner occupies a position amongst these artists through her representations of the female individual, found in the book The Wardrobe Mistress. She was born in Chile, carrying the legacy of the Surrealist group Mandrágora to English-speaking when moving to Toronto with her family. Hausner makes use of surrealist imagery to construct narratives that approximates beings from different species, and subjects that blur the edges of the conceptualization about what it is to be human and nonhuman. These relations are perceived in Enter the Raccoon and in Sew Him Up, analyzed through theories of posthumanism, cosmopolitics and political ecology. Through this theoretical framework I discuss Hausner?s construction of posthuman characters, who are formed by human and nonhuman parts, such as Raccoon: a human-sized raccoon who has metal limbs and communicates in a borderland created by technological apparatus. In a virtual reality, the persona and Raccoon enact an interspecies relationship. Hausner also constructs posthuman characters in poems that give life to inanimate dolls through sewing: such as the doll Olympia. This analysis serves as an analogy for the reorganization of the relations amongst humans and amongst nonhumans, encouraging relationalities that bend the patriarchal structures of society to end oppression.