Abstract:
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Escrever em italiano pode significar, para o escritor migrante, uma forma de se enraizar no país. O escritor migrante se apropria da língua italiana, modificando-a, frequentemente sem perder de vista a sua própria língua, que lhe oferece novas ferramentas de expressão, como podemos observar em relação ao wolof ou ao português, por exemplo. Não é outra língua, “nem um patois reencontrado, mas um devir-outro da língua” (v. Deleuze). O escritor migrante cria e recria a língua italiana na obra literária, impelindo-a para fora de suas fronteiras e levando ao questionamento de temas como identidade, integração, pertencimento, entre outros. |