Abstract:
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Na engenharia geotécnica, em especial no projeto de fundações, saber prever o comportamento de uma estaca perante seu carregamento é indispensável para a boa prática da engenharia civil. Essa estimativa pode ser realizada por métodos semi-empiricos, analíticos ou através de provas de carga. Fundamentado a isso, o presente trabalho tem como objetivo avaliar três metodologias semi-empiricas propostas Aoki e Velloso (1975), Décourt e Quaresma (1979) e o método UFRGS Lobo (2005), e duas metodologias teóricas propostas por Terzaghi (1943) e Vésic (1972), e compara-las com o resultado da prova de carga executada em um campo experimental, em solo arenoso, desenvolvido em Araquari-SC. As metodologias foram avaliadas partindo da definição do perfil geotécnico do local, sendo este definido com base nos ensaios de campo, divulgados pelo site do Campo Experimental, e dos ensaios de laboratório executados no trabalho de Lavalle (2017). Ao longo do trabalho são discutidos os resultados dos ensaios realizados e a capacidade de carga avaliada em profundidades distintas, considerando-se as diferentes metodologias empíricas e teóricas empregadas. O valor da tensão admissível definida pela prova de carga foi obtido através da extrapolação da curva carga versus recalque e seu valor ficou próximo a 4500kN. Quanto aos resultados das metodologias propostas, ambos os métodos teóricos (Terzaghi e Vésic) ultrapassaram os valores obtidos através da prova de carga, enquanto que os semi-empiricos se apresentaram mais conservadores. A metodologia que mais se aproximou do resultado da prova de carga foi o método proposto por Decourt e Quaresma (1978), com valor próximo a 15% abaixo do valor da prova de carga. O método proposto pela UFRGS (Lobo (2005)) apresentou valor próximo a 30% abaixo da prova de carga e a metodologia que se apresentou mais conservadora foi a proposta por Aoki e Velloso (1975), com valores chegando a 48% abaixo do admissível da prova de carga |