Abstract:
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Houve um tempo em que a ‘febre estatística’ contaminou o ideário de formação dos professores primários. Um tempo em que lado a lado dos conteúdos aritméticos e das primeiras noções geométricas, figurou a iniciação aos estudos estatísticos. A necessidade do ensino de Estatística representou uma das heranças deixadas pela República Nova. O saber estatístico presente no currículo de formação dos professores primários tinha como objetivo-maior levar os formandos a outros tipos de atividade para além da carreira docente. Formar pessoal com competência para preencher os mapas estatísticos – a radiografia do país, da educação no Brasil – trabalhar em repartições da administração do ensino, constituiu um imperativo daquela época. Retomar essa história, em tempos de grandes discussões da presença da Estatística na formação de professores e alunos, tem por objetivo avaliar que tipo legado nos foi deixado do período 1930-1950 relativamente à formação do professor das séries iniciais. Mais ainda, interrogar como foi construída essa herança curricular. |