Abstract:
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O presente trabalho investiga historicamente o ensino de Geometria na formação de professores primários em Minas Gerais, entre as décadas de 1890 e 1940. Procurou-se responder às questões: Quais conteúdos de Geometria eram ensinados aos futuros professores nas Escolas Normais? Como esse saber foi tratado na formação dos normalistas? A quais finalidades respondia a Geometria presente na formação? Para tanto, a História Cultural foi utilizada como ferramental teórico-metodológico, juntamente com aportes da História da educação matemática. As fontes analisadas foram: legislações para as Escolas Normais; cadernos de alunas da professora mineira Alda Lodi, uma das fundadoras da Escola de Aperfeiçoamento de Belo Horizonte; dois livros que abordam a Geometria e que constavam da biblioteca da referida professora; e exemplares da Revista de Ensino de Minas Gerais. No período abrangido por essa pesquisa fervilhava o movimento da Escola Nova, que convivia ainda com o Método Intuitivo materializado nas Lições de Coisas. A pesquisa evidenciou a presença reduzida da geometria plana e espacial na formação de normalistas, sobretudo quando comparada à Aritmética ou ao Desenho. Observou-se também o afastamento da Geometria da prática docente; sendo uma disciplina mais próxima da cultura do secundário, que da cultura profissional, servindo como aplicação para a Aritmética. |