Abstract:
|
Durante muitos anos ou séculos, a brincadeira de faz-de-conta foi vista como algo natural e corriqueiro, assim, não sendo analisada da forma como merecia. Novos contornos são assumidos nesse campo, a partir da inserção de visões e teorias críticas, entre elas a que orienta as reflexões neste artigo: a teoria histórico-cultural do desenvolvimento humano. Para essa concepção, a brincadeira constitui o evento através do qual a criança se apropria do mundo e faz com que participe do gênero humano. Com base nos pressupostos de Vigotsky, este artigo persegue uma reflexão sobre a importância da brincadeira de papéis sociais ou a de faz-de-conta na Educação Infantil. Tema central da prática educativa com crianças, a brincadeira vem se difundindo não apenas como algo importante para a criança, mas igualmente para os professores da Educação Infantil, sendo concebida, no mais das vezes, como estratégia básica de aprendizagem e desenvolvimento. O que ainda está sendo indagado e tem necessidade de ser observado é o modo como a brincadeira intervém nessa aprendizagem, como a intervenção pedagógica deve ser planejada e quais as mediações possíveis e necessárias para qualificar o desenvolvimento da aprendizagem da criança com a brincadeira de faz-de-conta. |