Abstract:
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Na região de Curitibanos a atividade leiteira vem se destacando, principalmente, com animais mantidos em pastagens. Porém, durante o período do inverno existe um déficit que pode ser preenchido por gramíneas de inverno. No entanto, até que as pastagens de inverno estejam prontas para o pastejo ainda existe um período de vazio forrageiro. Por isso o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de diferentes épocas de corte de pastos de aveia e azevém, destinadas à produção de leite na região do Planalto Catarinense, com does de nitrogênio, sobre a produção de matéria seca e composição estrutural do pasto. O experimento foi conduzido na fazendo experimental da Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Curitibanos, SC, durante dois anos, na safra de inverno de 2013 e 2014, num delineamento de blocos ao acaso com parcelas subdivididas e três repetições. Nas parcelas, fez-se uso de adubação nitrogenada de cobertura (0, 40, 80 e 120 Kg de N ha-1), na forma de ureia e nas subparcelas foram avaliadas três épocas de corte de pastagem de aveia e azevém (30, 45 e 60 Dias Após a Emergência - DAE). As espécies implantadas foram: aveia preta cv. IPR 21 (Avenna strigosa) e azevém anual cv. Comum (Lolium multiflorum). A densidade de semeadura foi de 100 kg de semente por ha-1 para aveia preta e 40 kg de semente por ha-1 de azevém. Não foi efetuado nenhum tipo de adubação de base. A semeadura foi feita no sistema de Plantio Direto, com semeadora mecanizada. A adubação de cobertura utilizada nas parcelas de (12x4), foi de 40, 80 e 120 kg N ha-1. Em cada época de corte do pasto, foi retirada uma amostra de 0,25 m2 cortada rente ao solo para determinar a produção de matéria seca (MS) e quantificação dos componentes estruturais da planta. Os resultados das avaliações foram submetidos à análise da variância e para comparação entre as médias dos tratamentos, foi utilizado o teste de Tukey a 5% de significância. No primeiro ano do experimento, safra de 2013, considerando o primeiro corte a massa de forragem foi maior nos tratamentos com data de corte de 60 DAE, intermediária aos 45 e menor aos 30 DAE. A maior produtividade considerada para o primeiro corte foi obtida com dose de 80 kg N ha-1, sendo 2696 kg MS ha-1. No segundo corte, que foi realizado 30 dias após o primeiro a maior produção foi com dose de 120 kg N ha-1 obtendo 4494 kg MS ha-1. No segundo ano do experimento, safra 2014, o primeiro corte da forragem apresentou resultados similares ao ano anterior, tendo maior produtividade no corte de 60 DAE, intermediária aos 45 DAE e menor aos 30 DAE. A maior produtividade encontrada no primeiro corte foi de 1876 kg MS ha-1, obtida com dose de 120 kg N ha-1, no segundo corte a maior produção foi 1750 kg MS ha-1, obtida com dose de 80 kg N ha-1. |