Autoajuda nas relações de trabalho: a (con)formação de um trabalhador de novo tipo

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Autoajuda nas relações de trabalho: a (con)formação de um trabalhador de novo tipo

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dc.contributor Universidade Federal de Santa Catarina pt_BR
dc.contributor.advisor Shiroma, Eneida Oto pt_BR
dc.contributor.author Turmina, Adriana Cláudia pt_BR
dc.date.accessioned 2012-10-25T00:44:19Z
dc.date.available 2012-10-25T00:44:19Z
dc.date.issued 2012-10-25T00:44:19Z
dc.identifier.other 287267 pt_BR
dc.identifier.uri http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/93603
dc.description Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências da Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2010 pt_BR
dc.description.abstract Na última década do século XX, a autoajuda foi colocada em evidência. A proliferação de discursos exaltando o poder do indivíduo na resolução de seus problemas e a necessidade de "aprender a ser" um novo trabalhador foi enfatizada. Assim, o objetivo desta pesquisa é investigar o caráter ideológico do discurso de autoajuda na formação de um trabalhador de novo tipo, tendo em vista explicar seu papel na construção da hegemonia. Para tanto, definiram-se como objetivos específicos: estudar os princípios constitutivos do discurso da autoajuda voltados ao trabalho em três momentos distintos: gênese, no século XIX, sob os impactos da revolução industrial, primeira metade do século XX, com o fordismo, e décadas finais do século XX e alvorecer do XXI; identificar quais os traços característicos do homem de novo tipo demandado pelo capitalismo nestes períodos históricos e as estratégias de divulgação destas características por meio de duas fontes: os discursos de autoajuda e os relatórios da UNESCO. Analisaram-se os elementos centrais das recomendações dos gurus da autoajuda, os princípios para "aprender a ser" um homem de novo tipo requerido pelo capitalismo nos diferentes períodos históricos. Procurou-se evidenciar que este processo ocorre por fora, mas também por dentro da escola, analisando como estratégias e princípios da autoajuda são reproduzidos nos Relatórios Faure e Delors, patrocinados pela UNESCO, e difundidos mundialmente para reformar a educação. Duas foram as questões norteadoras do presente estudo: que concepções de mundo, valores, condutas os livros de autoajuda divulgam? De que forma a autoajuda contribui para a consolidação de novos padrões necessários à sociabilidade burguesa exigida para o trabalhador no século XXI? Adotou-se o referencial teórico-metodológico de Antonio Gramsci para discutir a hegemonia e a difusão de novos modos de pensar, sentir e agir condizentes à sociabilidade do capital e de Norman Fairclough para explicar a autoajuda como um discurso ideológico. Trata-se de uma pesquisa sobre a análise do discurso de autoajuda, compreendendo o discurso como texto, prática discursiva e prática social. As categorias privilegiadas na análise foram as concepções de mundo, homem, trabalho e educação. Deste estudo concluiu-se que: a) o discurso de autoajuda que difunde novos modos de ver e agir no trabalho, fazer escolhas, vencer o medo e "ensinar a ser" também está presente nos relatórios da UNESCO; b) a análise da literatura de autoajuda permite entender esse discurso como um elemento importante para a construção da hegemonia, visto que também influencia sobre o modo como as pessoas pensam, sentem e agem no trabalho; c) a autoajuda contribui para a consolidação de novos padrões necessários à sociabilidade burguesa exigida para o trabalhador em tempos de neoliberalismo; e d) o capital, ao longo de séculos, vale-se da autoajuda para realizar a (con)formação de um trabalhador de novo tipo. pt_BR
dc.description.abstract Self-help came to the fore in the last decade of the 20th. Century with the proliferation of discourses exalting the power of the individual to resolve his/her problems and the necessity to "earn to be" a new employee being prominent. Thus, the objective of this work was to investigate the ideological character of the discourse of self-help in the development of a "new employee", with a view to explaining its role in the construction of hegemony. To this end, the following specific objectives were defined: 1) to study the constitutive principles of the discourse of self-help oriented towards work at three distinct times genesis, in the 19th. Century, with the impact of the industrial revolution; in the first half of the 20th. Century, with Fordism; and in the last decades of the 20th. Century and the dawn of the 21st. Century; 2) to identify the defining traits of the "new human" demanded by capitalism in these historical periods and the strategies for the promotion of these traits through two sources: the self-help discourses and UNESCO reports. The central elements of the recommendations of the self-help gurus were analysed, the principles for "learning to be" a human of the new type required by capitalism in different historical periods. This work sought to demonstrate that the process occurs not only out of school but also within, analysing how strategies and principles of selfhelp are reproduced in the Faure and Delors Reports, sponsored by UNESCO, and promoted worldwide to reform education. Two questions were directed by the present study: what conceptions of the world, values, and conduct do self-help books promote? In what way does selfhelp contribute to the consolidation of new standards required for the bourgeois sociability demanded from the employee in the 21st. Century? The theoretico-methodological reference of Antonio Gramsci was adopted to discuss the hegemony and the spread of new ways of thinking and acting that lead to the sociability of capital, and Norman Fairclough was employed to explain self-help as an ideological discourse. The work comprised analytical research on the discourse of self-help, including discourse in the form of text, discursive practice and social practice. The categories that were the focus of the analysis were conceptions of the world, humankind, work and education. The conclusions of this study are: a) the discourse of self-help that promotes new ways of seeing and acting in the workplace, of making choices, overcoming fear and "teaching to be" also is present in the UNESCO reports; b) analysis of the self-help literature enables understanding of this discourse as an important element in the construction of hegemony, given that it also influences the way that people think and act in the workplace; c) self-help contributes to the consolidation of new standards required for the bourgeois sociability demanded of the employee in times of neoliberalism; and d) capital has, over the centuries, made use of self-help to achieve the conformity of a new employee. en
dc.language.iso por pt_BR
dc.subject.classification Educação pt_BR
dc.subject.classification Relações trabalhistas pt_BR
dc.subject.classification Tecnicas de auto-ajuda pt_BR
dc.subject.classification Educação e trabalho pt_BR
dc.subject.classification Hegemonia pt_BR
dc.title Autoajuda nas relações de trabalho: a (con)formação de um trabalhador de novo tipo pt_BR
dc.type Tese (Doutorado) pt_BR


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