Escola pública em Lages na década de 1930: espaço de disputa política

Abstract

A pesquisa trata do ensino público secundário na década de 30, no Estado de Santa Catarina, e em Lages com a implantação da Escola Normal em 1934 e direta aplicação da reforma de ensino de 1935 com o decreto 713, de 5 de janeiro, que criou o Departamento de Educação do Estado de Santa Catarina e os Institutos de Educação de Florianópolis e Lages. Os discursos oficiais, o seu desdobramento escolar e as práticas oligárquica e coronelista , que se articulavam à "política dos governadores" predominantes no período, procurando relacioná-los. A reforma do período aconteceu pelo fato de as autoridades naquele momento estarem considerando que havia necessidade da adoção de novas normas para regerem os Institutos destinados à formação do professorado, para aplicações de novos métodos de ensino e pelo empenho em constituir e popularizar uma identidade nacional por intermédio da escola (laica), fazer uso de uma moeda de troca e difundir uma visão que apresentava a hierarquia e o disciplinamento sociais como naturais e necessários para o progresso nacional, referenciados em concepções positivistas e identificados, ainda muito, a um discurso republicano, embora com o início de inovações surgindo com os ideais da Escola Nova. A revitalização das Escolas Normais apresentou-se estratégica, com o investimento na formação dos professores.