Sala de aula sem paredes: um estudo do pensamento de Herbert Marshall McLuhan e suas implicações educacionais /

Abstract

Vivemos um momento de intensificação do uso de tecnologias digitais. Em decorrência vem sendo materializadas uma série de reestruturações nas formas de convivência entre as pessoas e, inclusive, no próprio campo da subjetividade. Na década de sessenta, Herbert Marshall McLuhan já propunha análises a respeito dos efeitos das tecnologias de informação e comunicação sobre o nosso sensório e, por conseqüência, sobre os modos de ser dos indivíduos nas sociedades. Muitos dos postulados e prospecções de McLuhan vêm conhecendo a materialidade no contexto do que se convencionou chamar Terceira Revolução Industrial. Apesar de sua obra ser perpassada por uma postura analítica tecnocêntrica, muitas são as contribuições do seu pensamento para a compreensão das relações entre tecnologia e sociedade. Essas contribuições encontram-se diluídas nas obras de diversos pesquisadores contemporâneos, mesmo quando a fonte original é omitida. Expressões utilizadas como metáforas: "aldeia global", "aula sem paredes", "o meio é a mensagem", "a era eletrônica", "a galáxia de Gutenberg", "retribalização da humanidade", compreendidas enquanto dinâmicas sociais possíveis a partir da crescente tecnificação dos atuais espaços vivenciais são de grande valia para as reflexões em torno das questões educacionais colocadas pela contemporaneidade, especialmente educação a distância e educação continuada.