Acesso das comunidades quilombolas a fisioterapia no Brasil: Uma revisão integrativa da literatura

Abstract

O presente estudo teve como objetivo geral analisar o acesso das comunidades quilombolas aos serviços de fisioterapia no Brasil, destacando as barreiras, os facilitadores e as estratégias de promoção da equidade em saúde. A pesquisa foi conduzida por meio de uma revisão integrativa da literatura, abrangendo publicações nacionais recentes que tratam da atuação fisioterapêutica em contextos quilombolas, políticas públicas e práticas culturais de cuidado. A metodologia envolveu a análise de artigos indexados em bases científicas e relatórios institucionais, permitindo identificar convergências e lacunas nas políticas de saúde voltadas a essas comunidades. A discussão evidenciou que o acesso à fisioterapia nas comunidades quilombolas ainda é limitado por desigualdades estruturais, territoriais e raciais, refletindo a falta de infraestrutura, profissionais capacitados e políticas efetivas de reabilitação. Apesar disso, observou-se que iniciativas locais, programas de extensão e ações interdisciplinares vêm promovendo avanços significativos na inclusão e na valorização dos saberes tradicionais. A atuação do fisioterapeuta, quando pautada em uma abordagem culturalmente sensível e comunitária, mostrouse essencial para o fortalecimento da autonomia e da cidadania quilombola. Concluise que a pergunta-problema foi respondida e os objetivos específicos foram alcançados, demonstrando que o acesso à fisioterapia nas comunidades quilombolas requer políticas integradas, formação profissional antirracista e maior envolvimento das universidades em ações de extensão e pesquisa aplicada

This study aimed to analyze the access of quilombola communities to physiotherapy services in Brazil, highlighting the main barriers, facilitators, and strategies for promoting health equity. The research was conducted through an integrative literature review, encompassing recent national publications addressing physiotherapeutic practice in quilombola contexts, public health policies, and cultural approaches to care. The methodology included the analysis of scientific articles and institutional reports, allowing for the identification of convergences and gaps in health initiatives directed at these traditional communities. The discussion revealed that access to physiotherapy in quilombola territories remains limited due to structural, territorial, and racial inequalities, reflecting deficiencies in infrastructure, professional training, and the implementation of rehabilitation programs. Nevertheless, local initiatives, community projects, and interdisciplinary actions have contributed to meaningful progress in inclusion and the appreciation of traditional knowledge. Physiotherapists who adopt a culturally sensitive and community-based approach play a key role in strengthening autonomy, dignity, and citizenship among quilombola populations. It is concluded that the research question was answered and the specific objectives were achieved, demonstrating that equitable access to physiotherapy in quilombola communities requires integrated policies, anti-racist professional training, and greater engagement of universities in extension and applied research activities.