Extração aquosa enzimática de óleo da amêndoa de macaúba: Otimização do processo e avaliação da qualidade do óleo

Abstract

A extração aquosa enzimática (EAE) tem se destacado como uma alternativa sustentável aos métodos convencionais de obtenção de óleos vegetais. No presente trabalho, investigou-se a EAE para obtenção de óleo e peptídeos da amêndoa de macaúba (Acrocomia aculeata), avaliando-se o uso de diferentes enzimas e utilizando tampão e água como solvente. Foram avaliadas proteases (Alcalase, Protezyn e Savinase), celulase (Cellic CTec 3) e pectinase (Olimax 101), além de combinações enzimáticas (Alcalase + Cellic CTec 3 e Alcalase + Olimax 101). Entre as enzimas testadas, a Alcalase com tampão (A-pH7,5) destacou-se por apresentar o maior rendimento, atingindo aproximadamente 70% de eficiência na extração em óleo e próximo de 20% em relação às proteínas. Além disso, o óleo obtido apresentou boa qualidade oxidativa (acidez: 1,62 e absortividade molar: K232: 0,17 e K270: 1,80). A partir desse resultado, foi realizada uma cinética de extração, que demonstrou um tempo ótimo de extração de 60 minutos de reação (67% para óleo e 2,71 mg/mL para proteína), sendo que a extensão do tempo de extração promove apenas pequenos aumentos nos rendimentos. Os resultados reforçam o potencial da EAE como tecnologia limpa e eficiente para extração de óleo e proteínas. Esses componentes podem ser aplicados na formulação de produtos nas indústrias alimentícia, farmacêutica e cosmética.