Associação entre força de preensão palmar e quedas em idosos comunitários do sul de Santa Catarina

Abstract

Introdução: As quedas representam grave problema de saúde pública, podendo levar até mesmo ao aumento do risco de mortalidade; o que torna fundamental entender os fatores de risco associados às quedas para definir melhores intervenções e prevenir possíveis consequências negativas. O objetivo deste estudo foi investigar se a fraqueza muscular, avaliada pela força de preensão palmar, está associada com a ocorrência de quedas em idosos comunitários. Métodos: Estudo transversal com 71 idosos residentes no município de Balneário Arroio do Silva (SC). A população incluída no estudo foi composta por idosos (60 anos ou mais) de ambos os sexos. As variáveis do estudo foram a ocorrência de quedas e a fraqueza muscular avaliada pela força de preensão palmar. Os dados foram analisados no software Stata, sendo a fraqueza muscular definida pelos pontos de corte 26kg e 16kg para homens e mulheres, respectivamente. Para verificar a relação entre fraqueza muscular e quedas foi realizado o teste estatístico qui-quadrado com nível de significância de 5%. Resultados: A força de preensão palmar média foi de 32,47 kg para homens e 23,67 kg para mulheres. Considerando os pontos de corte para fraqueza muscular, 12,67% dos participantes apresentaram força reduzida e, em relação às quedas, 30,9% relataram quedas no último ano. Observou-se associação estatisticamente significativa entre fraqueza na preensão palmar e ocorrência de quedas (p = 0,013), indicando maior prevalência de quedas entre os idosos com força reduzida (66,7%) em comparação àqueles com força normal (25,8%). Conclusão: Concluiu-se que houve associação significante entre a força de preensão palmar reduzida e a ocorrência de quedas em idosos comunitários. Esses resultados destacam a utilidade da avaliação da preensão palmar como ferramenta prática na identificação de indivíduos com maior risco de quedas.

Introduction: Falls represent a serious public health problem, and can even lead to an increased risk of mortality. Understanding the risk factors associated with falls is essential to define better interventions and prevent possible negative consequences. The aim of this study was to investigate whether muscle weakness, assessed by handgrip strength, is associated with the occurrence of falls in community-dwelling elderly individuals. Methods: Cross-sectional study with 71 elderly individuals living in the city of Balneário Arroio do Silva (SC). The population included in the study consisted of elderly individuals (60 years or older) of both sexes. The study variables were the occurrence of falls and muscle weakness assessed by handgrip strength. Data were analyzed using Stata software, with muscle weakness defined by the cutoff points of 26 kg and 16 kg for men and women, respectively. To verify the relationship between muscle weakness and falls, the chi-square statistical test was performed with a significance level of 5%. Results: The mean handgrip strength was 32.47 kg for men and 23.67 kg for women. Considering the cutoff points for muscle weakness, 12.67% of the participants had reduced strength and, regarding falls, 30.9% reported falls in the last year. A statistically significant association was observed between handgrip weakness and the occurrence of falls (p = 0.013), indicating a higher prevalence of falls among elderly individuals with reduced strength (66.7%) compared to those with normal strength (25.8%). Conclusion: It was concluded that there was a significant association between reduced handgrip strength and the occurrence of falls in community-dwelling elderly individuals. These results highlight the usefulness of assessing handgrip strength as a practical tool in identifying individuals at higher risk of falls.