Title: | Valores de referência para força muscular isométrica com dinamômetro manual em indivíduos adultos saudáveis |
Author: | Nonnenmacher, Carolina Holz |
Abstract: |
Introdução: A avaliação da força muscular é essencial na reabilitação. No entanto, a literatura carece de valores normativos para comparação e interpretação dos resultados para o processo de reabilitação. Objetivo: Estabelecer valores de referência para força muscular isométrica em adultos. Método: Estudo observacional transversal, com participantes adultos saudáveis, de ambos os sexos, na faixa etária entre 18 a 59 anos. Foi avaliado a força muscular isométrica de treze grupos musculares de membros superiores e inferiores. Os participantes foram instruídos a empurrar o dinamômetro manual durante 5 segundos. Uma tentativa de familiarização foi realizada, seguida de três esforços máximos, com intervalo de descanso de 30 segundos. A média dos testes foi utilizada para a análise estatística. Os dados de força foram expressos em quilograma-força, convertidos em newton para o cálculo do torque. O torque foi calculado multiplicando a força, em newton, pelo comprimento, em metros, do braço de alavanca. A normalidade dos dados foi verificada através do teste de Shapiro-Wilk. Foi utilizado o cálculo da média e desvio padrão. ANOVA fatorial de dois fatores foi utilizada para determinar a interação entre o sexo e as faixas etárias. Um modelo de regressão linear múltipla foi utilizado para examinar a associação entre os valores de força e demais variáveis. Para comparação da força muscular entre o lado dominante e não dominante foi utilizado o Teste T de amostras pareadas. O nível de significância adotado foi p = 0,05. Resultados: Adultos de 50 a 59 anos têm força significativamente menor em flexores de cotovelo (10,7 ± 2,7; 18,3 ± 6,0), rotadores externos do ombro (6,0 ± 2,0; 11,0 ± 5,1). Em contraste, adultos de 18 a 29 anos apresentam maior força em extensores do quadril (9,6 ± 4,6; 17,9 ± 6,7), rotadores internos de quadril (6,9 ± 2,6; 11,7 ± 3,2), rotadores externos do quadril (7,2 ± 2,4; 13,0 ± 4,3), extensores de joelho (26,2 ± 10,2; 51,2 ± 14,5) e flexores de joelho (9,1 ± 3,2; 16,2 ± 4,4). As diferenças entre lado dominante e não dominante foram de 2,5% para flexores do cotovelo, 12,5% para extensores do cotovelo, 7,5% para flexores do joelho e 7,9% para extensores do joelho. Conclusão: Ocorreu relação com a força de MMSS para o sexo, idade, massa corporal e estatura. Ocorreu interação entre o sexo e a idade para a força de MMII. A força foi maior para os homens, jovens e no lado dominante Abstract: Introduction: Muscle strength assessment is essential in rehabilitation. However, the literature lacks normative values for comparison and interpretation of results in the rehabilitation process. Objective: To establish reference values for isometric muscle strength in adults. Method: Cross-sectional observational study, with healthy adult participants of both sexes, aged between 18 and 59 years. Isometric muscle strength of thirteen upper and lower limb muscle groups was evaluated. Participants were instructed to push the handheld dynamometer for 5 seconds. A familiarization attempt was performed, followed by three maximal efforts, with a 30-second rest interval. The average of the tests was used for statistical analysis. Strength data were expressed in kilogram-force, converted to newton for torque calculation. Torque was calculated by multiplying the force in newtons by the length, in meters, of the lever arm. Data normality was verified using the Shapiro-Wilk test. Mean and standard deviation calculations were used. Two-way factorial ANOVA was used to determine the interaction between sex and age groups. A multiple linear regression model was used to examine the association between strength values and other variables. For comparison of muscle strength between the dominant and non-dominant sides, the paired samples T-test was used. The significance level was set at p = 0.05. Results: Adults aged 50 to 59 years had significantly lower strength in elbow flexors (10.7 ± 2.7; 18.3 ± 6.0) and shoulder external rotators (6.0 ± 2.0; 11.0 ± 5.1). In contrast, adults aged 18 to 29 years showed greater strength in hip extensors (9.6 ± 4.6; 17.9 ± 6.7), hip internal rotators (6.9 ± 2.6; 11.7 ± 3.2), hip external rotators (7.2 ± 2.4; 13.0 ± 4.3), knee extensors (26.2 ± 10.2; 51.2 ± 14.5), and knee flexors (9.1 ± 3.2; 16.2 ± 4.4). Differences between dominant and non-dominant sides were 2.5% for elbow flexors, 12.5% for elbow extensors, 7.5% for knee flexors, and 7.9% for knee extensors. Conclusion: Upper limb strength was related to sex, age, body mass, and height. There was an interaction between sex and age for lower limb strength. Strength was greater in men, younger individuals, and on the dominant side. |
Description: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Araranguá, 2024. |
URI: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/264361 |
Date: | 2024 |
Files | Size | Format | View |
---|---|---|---|
PGCR0093-D.pdf | 4.572Mb |
View/ |