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Abstract:
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Introdução: A humanização pode ser visto como o movimento de tratar cada
pessoa de forma individual conforme suas vivências, personalidade e crenças. A
humanização, que transcende o modelo corporativo tradicional, valoriza o trabalho
em equipe, a corresponsabilidade e princípios éticos como solidariedade e justiça,
focando não só na habilidade técnica, mas na atenção integral ao paciente. Trata-se
de uma prática que não se limita a dados concretos, mas considera a individualidade
e o comportamento humano no cuidado. Objetivo: Mapear e analisar elementos
desumanizadores para paciente e enfermeiro nos serviços de emergência. Método:
O presente estudo trata-se de uma revisão de escopo baseado no guia do Instituto
Joana Briggs (JBI) e do checklist Preferred Reporting Items for Systematic reviews
and Meta-Analyses extension for Scoping Reviews (PRISMA-ScR). A revisão foi
desenvolvida em cinco etapas: identificação da questão da pesquisa; levantamento
de estudos relevantes; seleção dos estudos; mapeamento dos dados; e
apresentação dos resultados. Esta revisão foi realizada em sete bases de dados:
Scientific Electronic Library Online (SciELO), Latin American and Caribbean Health
Sciences Literature (LILACS), Web of Science, Cumulative Index to Nursing and
Allied Healh Literature (CINAHL), MEDLINE, Biblioteca Digital Brasileira de Teses e
Dissertações (BDTD), Catálogo de Teses e Dissertações (CAPES). Resultados:
Nas bases de dados foram encontrados 121 artigos que se enquadraram nos
descritores. Foram selecionados para análise 6 estudos. Os estudos destacados são
apresentados com publicações de 2009, 2019, 2021, 2022 e 2024. Dos estudos
selecionados, 66,6% apresentam como fator desencadeante importante para um
episódio de desumanização o fato da infraestrutura, carga de trabalho e gestão da
unidade não ser adequada para o ambiente de serviço, porém os outros 44,4%
trouxeram, como algo a ser observado, o fator da comunicação e da incapacitação
dos profissionais. Os artigos demonstraram que a implementação da humanização
nos Serviços de Urgência e Emergência enfrenta desafios devido à falta de recursos
humanos e materiais, dificultando o atendimento e sobrecarregando enfermeiros,
especialmente em casos de superlotação. Além disso, muitos profissionais e
estudantes de enfermagem ainda carecem de habilidades adequadas para realizar o
Suporte Básico de Vida em paradas cardiorrespiratórias, ressaltando a necessidade
de capacitações regulares. A Política de Humanização do SUS busca incluir todos
nas decisões para enfrentar dificuldades de gestão e assistência, promovendo um
ambiente colaborativo que melhora tanto a prática clínica quanto a gestão e combate
a alienação. Conclusões: Constatou-se a necessidade de novos estudos que
enfoquem especificamente a desumanização no cuidado em saúde, especialmente
na área da emergência. Poucos estudos abordaram o tema da “Desumanização” e
os fatores e/ou aspectos que levam desencadeá-la, sem abordar o ponto de vista e
as expectativas dos pacientes e enfermeiros |