Abstract:
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INTRODUÇÃO: A doença causada pelo SARS-CoV-2 tornou-se um grave problema global e as alterações fisiológicas e imunológicas na gravidez potencialmente podem alterar a suscetibilidade e a gravidade da doença com consequente piora dos desfechos perinatais.
OBJETIVO: Verificar o impacto da pandemia sobre a prematuridade e mortalidades materna, fetal e neonatal em Santa Catarina, assim como comparar com os dados nacionais.
MÉTODO: O presente estudo trata-se da coleta e análise de dados secundários, obtidos no DATASUS, sobre os nascimentos e óbitos ocorridos em Santa Catarina e no Brasil, no período anterior à pandemia e durante a pandemia, determinando a cobertura pré-natal, o percentual de cesarianas e as taxas de prematuridade e mortalidades materna, fetal e neonatal nos dois períodos.
RESULTADOS: Não houve diferença significativa entre as taxas de prematuridade, cobertura pré-natal e óbito fetal e neonatal nos períodos pré-pandemia e durante a pandemia no estado de Santa Catarina, com médias de 10,7% de nascimentos prematuros, mortalidade neonatal de 6,97 por mil nascidos vivos e mortalidade fetal de 7,9 por mil nascimentos em ambos períodos.Nos anos estudados, verificou-se que em média, 78,74% das gestantes realizaram sete consultas ou mais de pré-natal e 57,75% dos partos foram cesarianas.Houve significativa elevação da proporção de cesarianas como via de parto na pandemia e da mortalidade materna, com média de 32,55 por cem mil nascimentos no período pré-pandemia e 87,4 por cem mil nascimentos no ano de 2021.De maneira semelhante, as taxas perinatais nacionais não foram impactadas pela pandemia COVID-19, exceto na taxa de óbito materno. |