Eficácia da eletroestimulação não invasiva do nervo vago nos desfechos relacionados a marcha na doença de Parkinson: Revisão Sistemática

Abstract

Atualmente, a doença de Parkinson (DP) é definida como uma doença degenerativa crônica manifestada por sintomas motores e não motores causados pela degeneração das células produtoras de dopamina localizadas na região da substância negra. O comprometimento da marcha é frequentemente relatado como um dos primeiros sinais presentes no paciente com DP. Os sintomas mais comuns são passos curtos e irregulares que levam à instabilidade postural. O nervo vago é uma parte importante do sistema nervoso. Ele ajuda a regular o tônus autônomo pois tem conexões aferentes e eferentes. Estudos experimentais demonstraram a eficácia do uso de estimulação não invasiva do nervo vago, sendo uma possível intervenção não farmacológica que apresenta um potencial de melhorar a marcha, a cognição, a fadiga e a função autonômica. Objetivo: identificar, avaliar e sintetizar as evidências disponíveis para a eficácia da eletroestimulação auricular do nervo vago para melhorar as características da marcha em pacientes com DP. Métodos: Foi realizada uma busca eletrônica de artigos indexadas nos bancos de dados Pubmed, Embase, LILACS, Scopus e Web of Science. Os estudos foram avaliados de forma independente por dois revisores e relatados usando o diagrama de fluxo PRISMA. Resultados: Depois de realizada as estratégias de busca nas bases eletrônicas citadas, foram identificadas 115 referências. Mas apenas 5 estudos de ensaios clínicos foram selecionados para essa revisão. Conclusão: a eletroestimulação auricular do nervo vago pode ser uma abordagem promissora para melhorar os sintomas motores e as características da marcha em pacientes com DP.