Correlação entre força de preensão palmar e análise da incidência de lesões em atletas amadores de beach tennis

Abstract

Introdução: O beach tennis chegou no Brasil em 2008 e tornou-se muito popular, porém ainda não há estudos suficientes publicados sobre lesões neste esporte. Tal conhecimento é importante no estabelecimento de orientações, práticas e estratégias de prevenção visto que lesões podem acarretar prejuízos à saúde do atleta. Objetivo: Investigar e documentar a relação entre a força de preensão palmar e a incidência das lesões no beach tennis e secundariamente correlacionar os dados antropométricos, peso das raquetes, frequência de treino e tempo de prática com as lesões que acometem estes atletas. Métodos: A coleta de dados dos participantes foi realizada através de uma ficha de avaliação elaborada pelos pesquisadores disponibilizada por meio físico. A mensuração da força de preensão foi realizada através de um dinamômetro JAMAR e o peso das raquetes foi estabelecido através de balança de precisão. Resultados: Incluídos 42 participantes de 18 a 56 anos onde 15 apresentou algum tipo de queixa relacionada ao beach tennis, a maioria das queixas concentrou-se no cotovelo seguido pelo punho, ombro, tornozelo e lombar. Obteve-se correlações moderadas entre força de preensão palmar do membro dominante e não dominante com o peso da raquete (r=0,56 e r=0,6), do peso da raquete com a frenquência semanal de treino (r=0,51) e para o tempo de prática com a força de preensão palmar (r=0,41) nos participantes sintomáticos. Os assintomáticos apresentaram correlação moderada apenas na análise da força de preensão palmar do membro dominante e não dominante com o peso da raquete (r=0,41). As outras correlações foram insignificantes. Conclusão: Foram encontradas correlações moderadas entre os sintomáticos referentes à força de preensão palmar do membro dominante e não dominante com o peso da raquete; entre o peso da raquete e a frequência semanal de treino; entre o tempo de prática do esporte e a força de preensão palmar. Nos assintomáticos foi encontrada uma correlação moderada em relação à força de preensão palmar do membro dominante e não dominante e o peso da raquete. Não houveram outras correlações significativas em ambos os grupos. Foi observado a maior força de preensão no membro dominante em relação ao não dominante e a predominância da força de preensão dos homens em relação às mulheres de ambos os grupos. Não houveram correlações significativas entre os outros dados antopométricos e as lesões.

Introduction: Beach tennis arrived in Brazil in 2008 and became very popular, but there are still not enough published studies on injuries in this sport. Such knowledge is important in establishing guidelines, practices and prevention strategies, since injuries can cause damage to the athlete's health. Objective: To investigate and document the relationship between handgrip strength and the incidence of injuries in beach tennis and, secondarily, to correlate anthropometric data, racquet weight, training frequency and practice time with the injuries that affect these athletes. Methods: The data collection of the participants was carried out through an evaluation form prepared by the researchers and made available in physical form. The measurement of grip strength was performed using a JAMAR dynamometer and the weight of the rackets was established using a precision scale. Results: Including 42 participants from 18 to 56 years old, where 15 had some type of complaint related to beach tennis, most of the complaints were concentrated in the elbow followed by the wrist, shoulder, ankle and lumbar. Moderate correlations were obtained between grip strength of the dominant and non-dominant limbs with the weight of the racket (r=0.56 and r=0.6), of the weight of the racket with the weekly frequency of training (r=0.51 ) and for the time spent practicing handgrip strength (r=0.41) in symptomatic participants. The asymptomatic subjects presented a moderate correlation only in the analysis of the grip strength of the dominant and non-dominant limb with the weight of the racket (r=0.41). The other correlations were insignificant. Conclusion: Moderate correlations were found between symptomatic patients regarding the grip strength of the dominant and non-dominant limbs with the weight of the racket; between racket weight and weekly training frequency; between time practicing the sport and handgrip strength. In asymptomatic patients, a moderate correlation was found between the grip strength of the dominant and non-dominant limbs and the weight of the racket. There were no other significant correlations in either group. A greater grip strength was observed in the dominant limb in relation to the non-dominant limb and the predominance of grip strength in men compared to women in both groups. There were no significant correlations between the other anthopometric data and the lesions.