Mobilidade reduzida como fator de risco para óbito em pacientes hospitalizados pela covid19

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Mobilidade reduzida como fator de risco para óbito em pacientes hospitalizados pela covid19

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Título: Mobilidade reduzida como fator de risco para óbito em pacientes hospitalizados pela covid19
Autor: Brandolfi, Joice de Abreu
Resumo: Introdução: A maior parte dos indivíduos que apresentam a COVID-19, doença causada pelo coronavírus SARS-CoV-2, desenvolvem a forma leve da doença. No entanto, uma parcela evolui para a forma grave e necessita de hospitalização, ventilação mecânica invasiva e consequente restrição ao leito. Estes aspectos relacionados à internação hospitalar e à doença crítica podem levar ao declínio da funcionalidade e ao aumento da morbimortalidade. Fatores de risco para o óbito envolvem tanto aspectos demográficos quanto clínicos, incluindo alterações laboratoriais e presença de comorbidades. Apesar de aspectos funcionais serem comprometidos nos indivíduos com COVID-19, evidências de que configurem como fator de risco para o óbito são escassas. Objetivo: Verificar se a mobilidade reduzida constitui fator de risco para o óbito em indivíduos hospitalizados com COVID-19. Método: Trata-se de um estudo de coorte realizado no período de setembro a dezembro de 2020. Foram incluídos indivíduos adultos com idade = 18 anos, com diagnóstico de COVID-19, internados em unidades de enfermaria ou UTI. As variáveis utilizadas foram mobilidade reduzida (pontuação menor que 3 na escala de mobilidade em UTI que possui uma pontuação de 0 a 10), faixa etária (= 60 anos), IMC (= 30 kg/m2), presença de critérios de gravidade da pneumonia. Os critérios de gravidade considerados foram: presença de choque séptico com necessidade de vasopressores e/ou insuficiência respiratória com necessidade de ventilação mecânica, ou três ou mais dos critérios: frequência respiratória >30irpm, relação PaO2 /FIO2 <250, infiltrados no exame de imagem, confusão/desorientação, uremia, leucopenia, trombocitopenia, hipotermia ou hipotensão. Os dados foram expressos em mediana (percentil 25-75%), frequência absoluta e relativa e intervalos de confiança de 95% (IC 95%). A distribuição dos dados foi verificada por meio do teste de Shapiro-Wilk. As variáveis quantitativas foram comparadas por meio do teste Mann-Whitney e as qualitativas por meio dos teste Qui-Quadrado de Pearson ou Teste Exato de Fisher. A análise multivariável de Cox foi utilizada para estimar a razão de risco (hazard ratio - HR) de óbito em relação ao tempo de internação segundo as variáveis de ajuste do modelo. A função de sobrevivência foi realizada com o método Kaplan-Meier. O nível de significância considerado foi de 5%. Resultados: Participaram do estudo 114 indivíduos, com 64 (51-69) anos de idade, sendo 69 (60,5%) do sexo masculino. O tempo de acompanhamento foi de 30 dias, a mediana foi de 21 dias para risco de óbito. Os indivíduos que apresentaram mobilidade reduzida apresentaram risco de óbito de 0,97 (IC 95%= 1,34-5,49, p=0,006). Critério de gravidade (IC 95%=1,1- 63,3, p=0,040) também foi risco para o óbito. Indivíduos com mobilidade reduzida sobreviveram menos tempo do que indivíduos com mobilidade >3 conforme função de sobrevivência. As covariáveis faixa etária = 60 anos, sexo masculino e IMC = 30kg/m2 não foram fatores de risco para o óbito. Conclusão: A mobilidade reduzida foi independentemente associada ao risco de óbito em indivíduos hospitalizados devido à COVID-19.Abstract: Introduction: Most individuals who have COVID-19, a disease caused by the SARS-CoV-2 coronavirus, develop the mild form of the disease. However, a portion progresses to the severe form and requires hospitalization, invasive mechanical ventilation, and consequently an enclosure bed. These aspects related to hospitalization and critical illness can lead to a decline in functionality and an increase in morbimortality. Risk factors for death involve both demographic and clinical aspects, including laboratory alterations and the presence of comorbidities. Although functional aspects are compromised in individuals with COVID-19, evidence that they constitute a risk factor for death is scarce. Objective: Verifying if reduced mobility is a risk factor for death in individuals hospitalized with COVID-19. Method: This is a cohort study carried out from September to December 2020. Adult individuals have been included aged = 18 years, diagnosed with COVID-19, admitted to infirmary or intensive care units (ICU). The variables present were mobility I (score less than 3 on the mobility scale in an ICU that has a range from 0 to 10 years), range (= 60 years), range (= 30 kg/m2 ), severity criterion for the severity of pneumonia (American Thoracic Society, 2019). The severity criteria considered were the presence of septic shock requiring vasopressors and/or respiratory failure requiring mechanical ventilation, or three or more of the following criteria: respiratory rate >30irpm, ratio PaO2 /FIO2<250, multilobar infiltrates p=0,006). Severity criteria (95% CI=1.1-63.3, p=0.040) was also a risk for death. The fluctuating age =60 years, male and IMC =30kg/m2 were not risk factors for death. Conclusion: Low mobility was independently associated with risk of death in individuals hospitalized due to COVID-19.
Descrição: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Campus Araranguá, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, Araranguá, 2022.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/244573
Data: 2022


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