Divisão sexual do trabalho na Academia: o caso de uma universidade pública no Sul do Brasil.

Abstract

Há muito tempo, atribuem-se papéis de acordo com o gênero biológico da pessoa, pessoal ou profissionalmente, conferindo funções mais domésticas a mulheres, e a homens, mais estratégicas. A partir dessa observação, para fins ilustrativos, este estudo buscou verificar se essa divisão sexual ocorre no mundo acadêmico, através do mapeamento da distribuição de trabalho entre docentes de uma Universidade pública no Sul do Brasil. Os cargos foram divididos em 11 macrogrupos, e qualificados entre intermediários, mais e menos estratégicos - sendo atribuídos a este a característica de “domésticos”. A análise quantitativa dos dados coletados a partir de sites institucionais demonstraram que a maior parte do corpo docente da UFSC é composta por homens. Mesmo não sendo viável comparar de um para um a quantidade de professores para cargos administrativos, concluiu-se que os mais estratégicos são ocupados com mais frequência pelo sexo masculino, e os menos, pelo feminino. Com isso, foi possível considerar que tal divisão ocorre também na UFSC, reforçando ainda mais a discussão inicial.

For a long time, roles have been assigned according to each person’s biological gender, either personally or professionally, conferring more domestic tasks to women, and to men, more strategic ones. Based on this observation, for illustrative purposes, this study sought to verify whether this sexual division occurs in the academic world, by mapping the distribution of labor among professors at a public university in southern Brazil. The positions were divided into 11 macro-groups, and qualified between intermediate, more, and less strategic - to these, being assigned the characteristic of "domestic". The quantitative analysis of the data collected from institutional websites showed that most of the UFSC faculty is composed of men. Even though it is not feasible to compare on a one-to-one basis the number of professors for administrative positions, it was concluded that the most strategic positions are more often held by men, and the least by women. With this, it was possible to consider that such division also occurs at the UFSC, further reinforcing the initial discussion.