Prevalência e fatores de risco para anemia ferropriva em menores de cinco anos no Brasil: uma revisão sistemática

Abstract

Introdução: A anemia ferropriva é a diminuição do nível normal de hemoglobina ou dos eritrócitos, tendo como principal causa a carência nutricional de ferro, com diversas repercussões no desenvolvimento humano. Apesar de melhorias no rastreio e tratamento, trata-se de uma condição ainda prevalente, em particular nos menores de cinco anos. Objetivo: Descrever as taxas de prevalência e os principais fatores de risco para o desenvolvimento de anemia ferropriva em lactentes e pré-escolares. Métodos: Revisão sistemática de literatura relacionada com estudos de delineamento transversal realizados no período de 2005 a 2020 nas bases PubMed, LILACS E SciELO. Resultados: A prevalência de anemia em estudos publicados até 2005 variou entre 20,9% e 65,4%. Trabalhos publicados após 2005 descreveram taxas entre 15,7% e 43,6%. Baixa renda familiar, alimentação inadequada, faixa etária e o não uso da suplementação com ferro foram os principais fatores de risco encontrados. Conclusão: Conclui-se que as taxas de anemia ferropriva reduziram de uma média de 51,5% antes de 2005 para 31,1% após 2005, Coincidindo com a Política Nacional de Suplementação de Ferro.

Introduction: Iron deficiency anemia is a decrease in the normal level of hemoglobin or erythrocytes, the main cause of which is nutritional iron deficiency, with several repercussions on human development. Despite improvements in screening and treatment, it is still a prevalent condition, particularly in children under five years. Objective: The aim of this study is to describe the prevalence rates and the main risk factors for the development of iron deficiency anemia in infants and preschoolers. Methods: This is a systematic review of literature related to cross-sectional study, with a population focus and period from 2005 to 2020 in PubMed, LILACS and SciELO databases. Results: The prevalence of anemia in studies published up to 2005 ranged from 20,9% to 65,4%. Studies published after 2005 described rates between 15,7% and 43,6. Low family income, inadequate diet, age group and non-use of iron supplementation were the main risk factors found. Conclusion: It is concluded that iron deficiency anemia rates reduced from an average of 51,5% before 2005 to 31,1% after 2005, coinciding with the National Iron Supplementation Policy.