Abstract:
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Devido ao grande consumo de corantes na indústria, é gerado uma expressiva quantidade de água residual com esses compostos, dos quais muitos são prejudiciais à biota. Buscando reutilizar a casca de pinhão e a casca de maracujá, materiais frequentemente descartados e sem utilidade, testou-se a capacidade de adsorção dessas substâncias com soluções de azul de metileno, um corante bastante usado industrialmente. Para testar a viabilidade desses materiais, foi realizado um teste cinético, em que ambos os biossorventes atingiram uma concentração de equilíbrio após 5 minutos de contato com a solução do corante, encontrando um valor de k2 (g/mg min) de 0,73 para o pó da casca de pinhão e 3,10 para o pó da casca de maracujá. Para entender o processo de adsorção, foi aplicado os modelos teóricos de isotermas de Langmuir e Freundlich. No modelo de Langmuir, foram obtidos os parâmetros qmax = -0,093 e KL = -2,196 para a casca de pinhão e qmax = 0,456 e KL = 7,684 para a casca de maracujá. Este modelo não foi adequado para o teste com a casca de pinhão, já que experimentalmente ele adsorveu uma quantidade maior de corante do que a casca de maracujá. Com o modelo de Freundlich se obteve os parâmetros KF = 6274,8 e n = 0,1099 para o adsorvente de pinhão, e KF = 0,8388 e n = 0,68273 para o adsorvente de maracujá, onde este modelo se adequou melhor aos dados experimentais obtidos. Testes futuros serão necessários para encontrar um modelo que se adeque a ambos os biossorventes. |