Abstract:
|
À medida que a sociedade humana se desenvolve, aumentam as opções de consumo, logo, a
quantidade de resíduos produzidos cresce. Dessa forma, a redução de consumo e o emprego de
processos para reutilização, reciclagem, recuperação de materiais e de energia de Resíduos
Sólidos Urbanos (RSU) podem minimizar despesas com transporte e destinação de RSU e
constituem oportunidades de geração de emprego e renda no contexto da economia circular e
da emergente indústria de resíduos. Neste trabalho realizou-se uma análise de práticas e
oportunidades em gerenciamento de resíduos sólidos urbanos em São José dos Campos/SP,
tomando-se como base dados coletados por meio de visitas à Urbanizadora Municipal S.A. -
URBAM, que gerencia o aterro sanitário do município, e à Prefeitura de São José dos
Campos/SP, além de dados da literatura relacionada com os processos de gerenciamento de
RSU. Atualmente a URBAM, contemplada com a nota 10 no IQR- Índice de Qualidade de
Aterro de Resíduos no Estado de São Paulo em análise feita pela CETESB - Companhia
ambiental do Estado de São Paulo no ano de 2020, possui um complexo sistema de limpeza
urbana em operação que, no entanto, não tem sido significado de total eficácia no tratamento
adequado dos RSU produzidos pela população de São José dos Campos/SP. Em decorrência
disso novas soluções estão sendo adotadas pela administração municipal para aumento da
eficiência da coleta junto ao gerenciamento correto dos RSU, em busca de benefícios para a
população local. No aterro sanitário são depositadas uma média de 550 toneladas por dia de
resíduos. No período analisado, 2020 até 2060, os dados demonstraram a possibilidade de captar
553.345.000 m³ de gás metano. A partir dessa vazão, foram estimados 10,004 MW de potência
e 1.712,1 GWh de energia em 2040, seu ano de máxima produção. Nos 40 anos de produção de
energia elétrica, o aterro sanitário da URBAM abasteceria por volta de 23.436 residências com
consumo médio de 152,2 kWh. Nos próximos anos haverá a instalação de um sistema de
geração elétrica a partir da conversão do biogás proveniente do RSU, com potencial de gerar
1,6 MW de potência, energia renovável que será utilizada para abastecer 30% do consumo da
prefeitura do município. |