Title: | Modelo conceitual para o desenvolvimento de organizações saudáveis |
Author: | Paranhos, William Roslindo |
Abstract: |
O conceito de saúde é considerado complexo e abrangente, o que o torna um constructo presente em vários campos do saber, seja em relação aos aspectos biológicos, no que concerne o tratamento ou prevenção a doenças, ou na promoção do bem-estar das pessoas, adotando-se a mais nova compreensão da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A contemporaneidade, impulsionada pela Transformação Digital e assolapada pela pandemia do novo Coronavírus, trazem consigo uma urgência em repensar padrões, relações e gestões, do nível pessoal ao organizacional em busca desse bem-estar. Organizações têm repensado seu modelo de gestão, a fim de considerar seus capitais humano e social em uma perspectiva cada vez mais integradora, o que exige um olhar sistêmico e holístico, ao mesmo tempo, atentando para pessoas e seus relacionamentos, percebendo suas singularidades e diferenças, buscando implantar uma gestão baseada na equidade. Nessa perspectiva, surge o conceito de Organizações Saudáveis, abrigado na Psicologia Positiva e na Psicologia do Trabalho, que possui seu cerne no desenvolvimento de processos que primem pelo bem-estar nas organizações em seus mais variados níveis, iniciando pelas pessoas que as compõem. O desenvolvimento de uma Organização Saudável tem por finalidade criar um ciclo de bem-estar, acreditando que um determinado grupo da organização afeta o outro, que afetará outro e assim sucessivamente, até afetar, novamente, aquele primeiro. Com o objetivo de propor um modelo conceitual para o desenvolvimento de organizações saudáveis, com base no capital humano e capital social, foi realizada uma pesquisa qualitativa, por meio do Método Design Science Research, adaptado de Dresch, Lacerda e Antunes Júnior (2015). De acordo com o método validado pelos autores, a criação de artefatos ? aqui nomeado modelo conceitual ? surgem no momento em que se identificam que as explanações encontradas na literatura, acerca de determinado tema, ainda não são conclusivas, possibilitando que, a partir daí, o pesquisador crie um modelo, levantando hipóteses e variáveis, passíveis de serem verificadas. Assim, após todo o processo de revisão de literatura e arquitetura de um robusto arcabouço teórico, a primeira versão do modelo, batizado de MoDOS, tornou-se possível. Posteriormente, considerando a necessidade de verificação, o modelo foi analisado por especialistas renomados, com notório saber acerca da temática, que realizaram suas contribuições. Como resultado, o MoDOS pôde ser aperfeiçoado, a fim de que cumpra com os objetivos propostos, resultando em sua terceira e última versão. Por fim o modelo ainda passou por um processo de sintetização, culminando na geração de um framework que torne possível sua aplicação em contextos organizacionais reais. Ficou evidente que se torna cada vez mais necessário o repensar da gestão organizacional, com a intenção de que, mesmo na era da inteligência artificial, processos, relações e, sobretudo, pessoas, sejam (re)humanizadas, permitindo que estas estejam em pleno uso de suas competências e capacidades, culminando em organizações mais saudáveis. Esta pesquisa contribui para o avanço dos estudos na área, pois apresenta um modelo que engloba todos os vieses existentes no desenvolvimento de uma organização saudável, após uma extensa e minuciosa análise da literatura, colaborando com a disseminação do conhecimento nos níveis acadêmico e organizacional. Abstract: The concept of health is considered a complex and comprehensive one, making it a construct that is present in various fields of knowledge, either in relation to biological aspects, regarding the treatment or prevention of disease, or in promoting people?s wellbeing, adopting the latest understanding of the World Health Organization (WHO) and the International Labor Organization (ILO). Contemporary times, driven by the Digital Transformation as well as ravaged by the new Coronavirus pandemic, bring a pressing need to rethink patterns, relationships, and management, from the personal to the organizational level, in search of this wellbeing. Organizations are going through a reappraisal of their management models, in order to consider the human and social capital in an increasingly integrative perspective, requiring a systemic and holistic look, and at the same time paying attention to people and their relationships. This attention allows noticing their singularities and differences, seeking to implement a management based on equity. The concept of Healthy Organizations arises under this perspective, sheltered in Positive Psychology and Work Psychology, having its core in the development of processes that strive for wellbeing in the organizations in their various levels, starting with the people who compose them. The development of a Healthy Organization aims to create a cycle of wellbeing, resting on the belief that a certain group of the organization affects another, which in turn will affect another and another, until it comes full circle to affect the first one. In order to propose a conceptual model for the development of healthy organizations, based on human capital and social capital, a qualitative research was conducted, through the Design Science Research Method, adapted from Dresch, Lacerda and Antunes Junior (2015). According to the method validated by the authors, the creation of artifacts - named as conceptual model - arise when it is identified that the explanations found in the literature about a particular topic are not yet conclusive, allowing the researcher to create a model, raising hypotheses and variables able to be verified. The first version of the model, baptized MoDOS, became possible after a full literature review process and the architecture of a robust theoretical framework. Later, considering the need for verification, renowned specialists with notorious knowledge analyzed the model, making their contributions. As a result, the MoDOS was improved in order to meet the proposed objectives, resulting in its third and final version. Finally, the model also went through a synthesizing process, culminating in the generation of a framework that allows its application in real-world organizational contexts. It became evident that it becomes increasingly necessary to rethink organizational management, with the intention of re-humanizing processes, relationships and above all, people, allowing them to be in full use of their competencies and capabilities, culminating in healthier organizations, even in the age of artificial intelligence. This research contributes to the advancement of studies in the area, as it presents a model that encompasses all existing biases in the development of a healthy organization, after an extensive and thorough literature review, collaborating with the dissemination of knowledge in academic and organizational levels. |
Description: | Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro Tecnológico, Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento, Florianópolis, 2021. |
URI: | https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/226865 |
Date: | 2021 |
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PEGC0677-D.pdf | 5.094Mb |
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