Abstract:
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Objetivo: Analisar as principais características clínico epidemiológicas dos pacientes submetidos a traqueostomia aberta na UTI de um hospital no sul do Brasil e avaliar as possíveis limitações e complicações desse método. Métodos: Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo realizado com dados secundários, oriundos de prontuários de pacientes admitidos na UTI do Hospital Governador Celso Ramos (HGCR) em Florianópolis, Santa Catarina, entre os anos de 2011 e 2013. Todos os pacientes estavam em ventilação mecânica e intubação orotraqueal (IOT). As variáveis analisadas foram: gênero, idade, causas da internação em UTI, tempo de intubação orotraqueal até a realização traqueostomia, tempo de realização do procedimento cirúrgico e suas complicações. Os dados foram analisados descritivamente, por meio de frequências absolutas e relativas. Resultados: Foram 110 pacientes estudados, 81 homens (73,6%) e 29 mulheres (26,4%), com idade média de 50 anos. A intubação prolongada foi a indicação mais comum para realização da traqueostomia, o período médio de intubação foi de 9,2 dias. O tempo médio da realização do procedimento foi de 13,5 minutos. O traumatismo cranioencefálico foi o principal motivo de internação na UTI (34,5%). Ocorreram complicações em 14 pacientes (12,7%), sendo que em 10 (9,1%) foram complicações imediatas, mais comumente pequenos sangramentos, e em 4 (3,6%) foram tardias. Não foram observadas complicações graves ou óbito relacionado ao procedimento. Conclusão: A realização da traqueostomia aberta à beira leito pode ser realizada em UTI, apresentando resultados satisfatórios, com poucas limitações e baixo índice de complicações. |