Biomassa de foraminíferos bentônicos como proxy de massas d’água ao longo do Quaternário.

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Biomassa de foraminíferos bentônicos como proxy de massas d’água ao longo do Quaternário.

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Título: Biomassa de foraminíferos bentônicos como proxy de massas d’água ao longo do Quaternário.
Autor: Tortora, Patrícia
Resumo: Foraminíferos são amplamente utilizados como proxies paleoceanográficos devido a sua abundância, rápida resposta às alterações ambientais e potencial de preservação. Dessa forma, proxies baseados em espécies ou associações de foraminíferos bentônicos podem ser utilizados para reconstruir diversos parâmetros oceanográficos, como propriedades de massas de águas, teor de oxigênio e fluxo de matéria orgânica para o fundo oceânico. O objetivo dessa pesquisa foi identificar períodos de flutuações na produtividade primária e variações na circulação oceânica, ao longo do Quaternário, no talude da Bacia de Pelotas, por meio de proxies biométricos obtidos a partir da espécie infaunal Bolivina ordinaria. Para isso, foram usadas fotomicrografias e medidas automatizas por meio do pacote ForImage, disponível no R, que nos permitiu a obtenção de dados de volume, biovolume e biomassa. O estudo baseou-se na análise dos testemunhos SIS 188, SIS 249 e REG-566, coletados nas profundidades: 1514 m, 2091 m e 2460 m, respectivamente. Foram analisadas 44 amostras, que resultaram no estudo de 509 testas. B. ordinaria foi à espécie mais abundante da família Bolivinitidae entre as dez espécies identificadas nos três testemunhos: B. compacta, B. doniezi, B. lowmani, B. ordinaria, Bolivina sp., B. striatula, Brizalina sp., Brizalina spinescens, Brizalina subaenariensis, Brizalina subspinescens. Sua abundância relativa não demonstrou um gradiente crescente ou decrescente ao longo dos testemunhos e sim variações em forma de picos. Também não existiu tendência significativa de aumento ou diminuição no tamanho das testas em direção ao topo/base dos testemunhos, mas foram observados comprimentos de testas maiores no estágio isotópico marinho EIM 5 (SIS 249), menores no EIM 2 (SIS 188) e abaixo de 120 cm de profundidade no REG 566. Assim como o tamanho, a biomassa média foi maior entre os estágios interglaciais 5 e 3 (SIS 249). Os valores de biomassa média e de abundância relativa não apresentaram correlação estatística . Com base nos resutlados obtidos, sugerimos que no período analisado houveram flutuações nas massas d´água e no fluxo de matéria orgânica para o compartimento bentônico, com maior enriquecimento orgânico e déficit de oxigênio durante o EIM 2 (período glacial).
Descrição: Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Físicas e Matemáticas. Departamento de Oceanografia.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/212114
Data: 2020-08-24


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