Mídia e desumanização: um estudo sobre as representações sociais do imigrante

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Mídia e desumanização: um estudo sobre as representações sociais do imigrante

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Título: Mídia e desumanização: um estudo sobre as representações sociais do imigrante
Autor: Tribéss, Bianca
Resumo: Representações sociais são teorias do senso comum criadas pelos grupos para dar sentido a realidade. Desumanizar é negar a humanidade ao outro, tendo como um grupo alvo os imigrantes, tanto de forma explícita quanto implícita. A mídia tem um papel importante na formação de representações sociais. O objetivo do projeto é identificar a relação entre as representações sociais sobre o imigrante e a teoria da desumanização, por meio de uma revisão integrativa, e investigar a representação e aspectos da desumanização de imigrantes em comentários nas redes sociais. Para a revisão, buscou-se artigos científicos em bases de dados. Foram encontrados 6981 artigos, 77 deles usados para a discussão. Entre os achados: interseccionalidades como raça e gênero são pertinentes no estudo do fenômeno; a aproximação das Representações Sociais da teoria da desumanização se deu pela ontologização; a desumanização de imigrantes e refugiados se apresenta em um continuum e pode justificar a exclusão. As representações que circulam são polêmicas e os discursos contraditórios. Analisou-se comentários no Facebook de uma notícia publicada pelo G1 sobre a saída de venezuelanos do Brasil após ataque de brasileiros. De 1,9 mil comentários, foram selecionados 147 relacionados com o projeto. Pela análise temática qualitativa, identificou-se os temas: “leva pra casa”; metáfora de ameaça e parasita invasor; metáfora de animais sujos e selvagens; disseminadores de doença; o outro, alien, moralmente inferior; massa homogênea e indiferenciada; humanização na imagem da criança. Pode-se identificar uma representação altamente problematizada e polêmica; os comentários constroem imigrantes como menos humanos e como inimigos. É urgente e necessário identificar esses processos desumanizadores e como reconstruir as representações. Dar nome e voz para as pessoas tidas como grupo homogêneo e indiferenciado pode ser uma saída inicial. Há de se insistir na humanização, arrancando a fronteira rígida do nós e outros.
Descrição: Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UFSC - Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Filosofia e Ciências Humanas. Departamento de Psicologia.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/210067
Data: 2020-08-10


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