Abstract:
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Alterações posturais são identificadas desde a idade escolar, estão relacionadas
com maus hábitos posturais, desequilíbrios musculares, dentre outros fatores.
Todavia, a literatura é escassa no que diz respeito às alterações posturais com
relação ao treinamento de força (TF). Diante disso, o objetivo do estudo foi avaliar
a postura corporal de jovens adultos praticantes de TF. Participaram do estudo 17
indivíduos do sexo masculino (~26 anos), praticantes de TF há pelo menos 3
meses. Os participantes foram separados em dois grupos: “com até 5 anos de
prática em TF” (tempo de prática: 2,03±1,16 anos) e “acima de 5 anos de prática
em TF” (tempo de prática: 8,38±2,67 anos). Utilizou-se como instrumento de
pesquisa, uma anamnese e o protocolo de avaliação da Portland State University,
que utiliza fotos e cálculos, para identificar o percentual do índice de correção
postural (ICP) na região da Cabeça e do Pescoço (RCP), da Coluna Dorsal e
Lombar (RCDL); do Abdômen e Quadril (RAQ) e dos Membros Inferiores (RMI).
Para comparação dos dados entre grupos, utilizou-se test t para amostras
independentes e, para analisar a relação linear do tempo de prática e do
percentual de gordura com os índices de cada região utilizou-se o teste de
Correlação Pearson, para todas as análises considerou-se p<0,05. Houve
diferença significativa no tempo de prática entre os grupos (p<0,001). Com relação
à análise postural, no grupo com até 5 anos de treino houve diferença entre RCDL
e RMI (p=0,007), enquanto no grupo com mais de 5 anos de treino, houve
diferenças significativas comparando RCDL à RCP (p=0,022), RAQ (p=0,045) e
RMI (p<0,001). Houve uma correlação negativa forte (r=-0,78) entre o tempo de
prática e o índice de correção postural da região da cabeça e do pescoço
(p=0,019) no grupo que pratica treinamento de força há mais de 5 anos. Concluise que independente do tempo de prática em TF há presença de desvios posturais
leves. Fato que ressalta a necessidade de incluir avaliações periódicas ao
programa de treinamento, a fim de diagnosticar a presença e atuar na correção de
desvios posturais. |