Sonoridade visual na sinalização artística em língua brasileira de sinais

Repositório institucional da UFSC

A- A A+

Sonoridade visual na sinalização artística em língua brasileira de sinais

Mostrar registro completo

Título: Sonoridade visual na sinalização artística em língua brasileira de sinais
Autor: Klamt, Marilyn Mafra
Resumo: A noção de sonoridade nas línguas de sinais foi tratada por Perlmutter (1992) como perceptibilidade, a propriedade que tem o movimento em comparação a um segmento em que as mãos permaneçam em uma única posição. Sandler (1993) diz que a saliência visual no movimento joga um papel nas línguas de sinais semelhante à sonoridade nas línguas orais. Para Brentari (1998), a Sonoridade Visual é mensurada com base nas juntas envolvidas e um sinal sonoro pode ser visto a grandes distâncias. A presente tese investiga a Sonoridade Visual em Língua Brasileira de Sinais, a partir de textos artísticos apresentados em contextos diferentes desde a performance no palco até o estúdio. A distalização e a proximalização são processos fonológicos que podem ter influência sobre a sonoridade pela utilização de uma junta proximal ou distal, assim como o número de mãos (XAVIER, 2014) e a simetria (MACHADO, 2013). Também é discutida a relação da Prosódia com a Sonoridade Visual, presente tanto nos sinais manuais como nos elementos não manuais, partindo de pesquisas como Coulter (1990), Valli (1993), Leite (2008), Sandler (2012) e Klamt (2014). Além disto, foram aventadas outras questões, como o uso do espaço, planos cinematográficos (BAUMAN, 2003; 2006; PIMENTA, 2012) e escala de sinais (SMITH; CORMIER, 2014) e ainda o uso de transferências (CUXAC; SALLANDRE, 2007) na sinalização artística e as diferenças de registros nos ambientes (ZIMMER, 2000). Observou-se, nas produções estéticas Tudo Passa e Bolinha de Ping-Pong , de Rimar Romano, e O Papagaio do Rei , Vaso e Superman o Retorno , de Bruno Ramos, como é criada a Sonoridade Visual a partir dos elementos manuais e não manuais. Como resultado, constataram-se três tipos de sonoridades : no nível 1, estão as unidades sinalizadas articuladas com todo o corpo, incluindo as pernas; no nível 2, os braços e tronco são enfatizados pelo artista; no nível 3, o menor nível de sonoridade, as unidades são sinalizadas em pequena escala, com foco nas mãos. Percebeu-se, então, na análise desses trabalhos, como atua a Sonoridade Visual no contexto da sinalização artística e a contribuição das pesquisas na área de fonologia para as produções artísticas sinalizadas.Abstract : The notion of sonority in sign languages was treated by Perlmutter (1992) as perceptibility, that is, the property a movement has in comparison to a segment in which the hands remain in one position. Sandler (1993) states that visual saliency places a role in sign languages similar to that of sonority in oral languages. For Brentari (1998), Visual Sonority is measurable by means of the joints involved and a sound sign can be seen from great distances. In the present dissertation, I investigate Visual Sonority in Brazilian Sign Language based on artistic works presented in diverse contexts, from those performed on stage to those performed in studios. Distalization and proximalization are phonological processes that can influence sonority by the use of proximal or distal joints, as also the number of hands (XAVER, 2014) and symmetry (MACHADO, 2013). Beyond these, I discuss the relation between Prosody and Visual Sonority, present both in manual signs and in non-manual elements based on the works of Coulter (1990), Valli (1993), Leite (2008), Sandler (2012) and Klamt (2014), and further approach other questions such as the use of cinematographic planes and spaces (BAUMAN, 2003; 2006; PIMENTA, 2012), the use of sign scales (SMITH; CORMIER, 2014), as also the use of transfers (CUXAC; SALLANDRE, 2007) in artistic signalization and the different registers in environments (ZIMMER, 2000). By way of Rimar Romano's Tudo Passa and Bolinha de Ping-Pong , and Bruno Ramo's O Papagaio do Rei , Vaso , and Superman o Retorno aesthetic productions, I was able to observe how Visual Sonority is created by means of manual and non-manual elements. As a result, three types of sonorities were established: in level 1 the sign units are articulated with the entire body, including legs; in level 2, the arms and torso are emphasized by the artist; in level 3, the lowest level of sonority, the units are signalized in small scales with focus falling on the hands. By analyzing these works, I was able to understand how Visual Sonority operates in the context of artistic signing and the contribution of research in the area of phonology for artistic sign productions.
Descrição: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Comunicação e Expressão, Programa de Pós-Graduação em Linguística, Florianópolis, 2018.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/190161
Data: 2018


Arquivos deste item

Arquivos Tamanho Formato Visualização
PLLG0716-T.pdf 3.831Mb PDF Visualizar/Abrir

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro completo

Buscar DSpace


Navegar

Minha conta

Estatística

Compartilhar