Abstract:
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O estudo da biodisponibilidade de metais-traço no meio aquático depende do comportamento desses metais frente a frações dos sedimentos como o caso das argilas caolinita, montimorillonita e de seus componentes alumina e sílica gel. As isotermas de adsorção de Cd (II) em argilas minerais podem ser tratadas adequadamente com o modelo de Langmuir para adsorção em monocamada. Os resultados mostram que a presença de complexantes dificulta a adsorção, possibilitando a retirada de Cd (II) adsorvido da superfície do sedimento. A precipitação do Cd (II) em pH = 7,0 é influenciada pelo tampão utilizado. Usando tampão ácido cítrico/citrato, ocorre complexação do metal o que evita sua precipitação. Na presença de Tris obteve-se uma constante de Langmuir KL = 14,78 L.mmol-1, e capacidade de adsorção máxima de 3,17 g/kg de montmorillonita. O tampão ácido cítrico/citrato inibe a adsorção, mantendo Cd (II) em solução e, apenas 2,7 % da capacidade de adsorção da montmorillonita é utilizada. Resultados semelhantes foram observados usando caolinita. O efeito complexante do citrato permite estudar a dessorção do Cd (II) de diferentes adsorventes como montmorillonita e caolinita. Os resultados mostram que o Cd (II) está solubilizado em sítios de troca iônica ou de adsorção química na superfície destas argilas, mas no caso da montmorillonita parte do cádmio está adsorvida em sítios de adsorção no interior da mesma, o que é consistente com os dados físicos, já que a montmorillonita tem uma estrutura altamente microporosa. Em pH 7,00 e na ausência de ligantes orgânicos, as capacidades de adsorção determinadas para alumina, montmorillonita, caolinita 1 e caolinita 2 tratada e sílica foram de 4,4 g/kg, 3,17 g/kg, 2,20 g/kg, 1,34 g/kg. |