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Este trabalho tem como objetivo analisar o lugar que a atividade lúdica ocupa na Produção Acadêmica brasileira, especificamente da área da Educação, no período de 1995 a 2001, e como esta produção se posiciona acerca deste tema, considerando a Educação Infantil e Séries Iniciais. É uma pesquisa bibliográfica que teve como base das informações o banco de dados da CAPES, que reúne as dissertações e teses defendidas no período. Esta análise considerou apenas as dissertações defendidas na área da Educação, buscando-se identificar as compreensões e perspectivas sobre a atividade lúdica (do jogo ou brincadeira) e seu papel e significado no processo de constituição e desenvolvimento da criança, presentes na produção acadêmica brasileira. Tomamos como base o referencial teórico-metodológico da Psicologia Histórico-Cultural, em especial os trabalhos dos autores soviéticos Vygotsky, Elkonin, Leontiev, e nas considerações de autores contemporâneos que discutem o tema: Usova, Zhukóvskaia, Jukovskaia, Bondarenko e Matúsik. No que se refere aos procedimentos metodológicos, foram analisadas 16 dissertações e utilizamos como técnica de investigação a análise de conteúdo. Os resultados obtidos evidenciam que a atividade lúdica, tanto na educação infantil como nas séries iniciais do ensino fundamental, é compreendida com mais ênfase nos aspectos cognitivos do desenvolvimento, do que um processo que envolve múltiplas dimensões da formação humana. As dissertações apresentam, em sua maioria, uma mescla das teorias piagetianas ou vygotskyanas no entendimento sobre a atividade lúdica. Apontam a pouca compreensão das educadoras sobre o jogo livre e dirigido, assim como as mediações e a participação das mesmas nesses processos. A compreensão predominante entre os educadores considera o jogo como uma atividade de descanso apenas ou como instrumento de ensino, cujo valor educativo está dirigido ao desenvolvimento do aspecto cognitivo. A utilização dos jogos dessa forma não aproveita seu potencial de valor educativo, pois são eliminadas tais possibilidades diante do modo equivocado de sua utilização, subordinando-o à didática e aos conteúdos de ensino. É desperdiçada, desta forma, a possibilidade de tornar lúdica a aprendizagem. |
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