Abstract:
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Análise da temática da morte e da linguagem e estrutura musical em Ópera dos Mortos, de Autran Dourado, ressaltando a importância de uma leitura sócio-antropológica da obra. Embasa-se nos conceitos de alegoria de Walter Benjamin e de estrutura do mito, de Lévi-Strauss. Ressalta ser a morte (em sua dimensão física, metafísica, individual e social) a grande protagonista da ópera de Autran e estabelece a correlação entre estrutura formal e conteúdo: para retratar um universo cindido e plural, no qual cada voz introduz um fragmento distinto da (H)história, o tom musical assume a forma de uma fuga. Da bissetriz impossível destas vozes deriva a figura suprema da alegoria autraniana: a desintegração da experiência individual e coletiva. |