Abstract:
|
A psicoterapia desempenha um papel crucial na saúde mental, contribuindo significativamente
para a manutenção da saúde integral, realizando transformações tanto em níveis individuais
quanto sociais, que se desenvolvem em paralelo com o processo psicoterapêutico. Contudo, a
falta de políticas linguísticas em prol dos direitos das pessoas surdas resultam em barreiras
significativas para que elas possam obter um tratamento psicoterapêutico adequado, que
considere suas vivências, culturas e aspectos identitários, contribuindo significativamente para
o afastamento das comunidades surdas aos serviços de psicoterapia. Esta pesquisa investiga a
viabilidade da presença de intérpretes de línguas de sinais em sessões de psicoterapia com
pacientes surdos. Por meio de pesquisa documental e revisão bibliográfica pela abordagem
qualitativa, são analisados estudos e pesquisas sobre os desafios, as limitações e os aspectos
interacionais que envolvem a atuação conjunta de psicoterapeutas e intérpretes de línguas de
sinais em sessões de psicoterapia. Ao examinar aspectos da interpretação comunitária,
legislação brasileira, questões interacionais e éticas, correlacionando-as às áreas da
interpretação e da psicoterapia, nota-se a ausência de diretrizes específicas para esse tipo de
atendimento. Assim, conclui-se que os impasses éticos entre as duas áreas, a falta de respaldo
legislativo e os impactos negativos na dinâmica terapêutica são alguns dos fatores que
inviabilizam a recomendação dessa dinâmica de atendimento. |