Abstract:
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Introdução: A maneira na qual a sociedade percebe a deficiência interfere no processo de
viver da pessoa com deficiência e o capacitismo nota-se um conceito complexo que marca
socialmente determinados corpos como mais capazes do que outros. Contudo, tem-se urgência
em refletir concepções sobre acessibilidade, autonomia e inclusão social, para contribuir com
o movimento anticapacitista, no intuito de desconstruir a normatização dos corpos, que deixa
de reconhecer a singularidade e as potencialidades da pessoa com deficiência. Objetivo:
Analisar as perspectivas sociais de inclusão de crianças com deficiência no espaço escolar na
ótica de professores e familiares. Método: Pesquisa exploratória de abordagem qualitativa
baseada no método de estudo de caso único. O estudo foi realizado em uma escola municipal
do sul do Brasil e para a coleta de dados foi utilizada uma entrevista semiestruturada. A
amostra foi composta por 16 profissionais da escola e a perspectiva dos pais foi incluída por
meio de anotações em diário de campo via Projeto de Extensão intitulado “Educação e Saúde:
formação para a Diversidade e Anticapacitismo”. Os dados coletados foram analisados
conforme a análise de conteúdo proposta por Bardin, que sugere três fases para análise, sendo:
1) a pré-análise; 2) a exploração do material; e 3) a interpretação dos dados. O projeto foi
submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da
Universidade Federal de Santa Catarina sob CAAE: 71878623.6.0000.0121 e Parecer nº
6.448.319, e respeitou as diretrizes estabelecidos na Resolução 466/12 e 510/16 do Conselho
Nacional de Saúde, os preceitos éticos estabelecidos no que se refere ao zelo pela legitimidade
das informações, privacidade e sigilo. Resultado: Posterior a análise dos dados, elencou-se
quatro categorias: Reflexão sobre o conceito de deficiência e capacitismo; Percepção
profissional da educação sobre autonomia da criança com deficiência; Reflexão sobre
barreiras no desenvolvimento da criança com deficiência; O papel familiar no processo de
viver da criança com deficiência. Considerações finais: Percebeu-se o preconceito, o
assistencialismo e todo capacitismo enfrentado pela pessoa com deficiência. Nesse sentido, a
disseminação da informação nota-se um dos fatores primordiais para o combate às práticas
capacitistas e contribuição com a luta por uma sociedade de fato inclusiva. Como limitação
desta pesquisa tem-se que foi realizada em apenas uma escola. Deseja-se estimular novas
investigações mais abrangentes nesta temática |