?Eu queria ser branco?: branquitude nas relações étnico-raciais em um contexto da educação infantil

Repositório institucional da UFSC

A- A A+

?Eu queria ser branco?: branquitude nas relações étnico-raciais em um contexto da educação infantil

Mostrar registro completo

Título: ?Eu queria ser branco?: branquitude nas relações étnico-raciais em um contexto da educação infantil
Autor: Agostinho, Lucilene Morais
Resumo: A presente pesquisa, em nível de mestrado, objetivou analisar de que modo a branquitude normativa é determinante nas/das relações étnico-raciais em um contexto da educação infantil. Partindo de tal objetivo, apresentamos-se uma abordagem qualitativa, sendo o estudo de caso etnográfico, bem como a observação participante dos caminhos metodológicos eleitos para responder ao objetivo traçado. Uma pesquisa de campo foi realizada durante quatro meses em um Núcleo de Educação Infantil da rede municipal de ensino de Florianópolis, em um grupo de crianças de 5/6 anos. Para tal, lançou-se mão de ferramentas metodológicas, tais como: registros escritos, fotográficos e fílmicos. A organização dos dados por meio da Técnica de Análise de Conteúdo de Bardin (1977; 2011) resultou em duas categorias de análise: i) Branquitude nas relações entre as crianças e com as profissionais docentes; ii) Relações sociais: entrelaçamentos afetivos, étnico-raciais e de gênero. Adotou-se como base para as análises referenciais teóricos amparados nos Estudos Socais da Infância e pesquisas com crianças: Sarmento (2008; 2015), Qvortrup (2010; 2014), Corsaro (2002; 2009), Rocha (2001; 2008), Kramer (2002; 2019), Buss-Simão (2012), Coutinho (2016), na educação das Relações Étnico-Raciais para educação infantil: Gomes (2003; 2005; 2017), Dias (2007; 2012), Oliveira (2004; 2017). ), Trinidad (2011), Nunes (2016; 2017) e nossos estudos críticos da branquitude: Bento (2002; 2022), Cardoso (2008), Schucman (2014; 2023) e Cardoso (2018). Foi possível concluir que uma instituição educativa olhou tem uma história apresentada não que tange à educação das relações étnico-raciais, estampada nos muros, em materialidades, documentações, assim como em algumas ações educativo-pedagógicas. Contudo, apresenta alguns avanços e ambiguidades no que se refere ao cumprimento da lei 10.639/03. Nas relações sociais previstas pelas crianças foi possível observar os entrelaçamentos das relações de gênero e étnico-raciais permeadas pelas afeições. Observe-se a manutenção dos privilégios simbólicos da branquitude normativa nas relações adulto-criança e nas relações entre pares, reverberando no protagonismo de crianças brancas, na predileção por materialidades pertencentes à cultura eurocêntrica, no desejo pela brancura expressa por algumas crianças negras, revelando de que modo a branquitude incide em suas constituições identitárias.Abstract: This research, at master's level, aimed to analyze how normative whiteness is determining in/of ethnic-racial relations in a context of early childhood education. Starting from this objective, a qualitative approach was adopted, with the ethnographic case study, as well as participant observation being the methodological paths chosen to respond to the objective outlined. The field research was carried out for four months in an Early Childhood Education Center of the Florianópolis municipal school network, with a group of children aged 5/6. To this end, methodological tools were used, such as: written, photographic and filmic records. The organization of the data using Bardin's Content Analysis Technique (1977; 2011) resulted in two categories of analysis: i) Whiteness in the relationships between children and teaching professionals; ii) Social relations: affective, ethnic-racial and gender intertwinings. Theoretical references based on Childhood Social Studies and research with children were adopted as the basis for the analysis: Sarmento (2008; 2015), Qvortrup (2010; 2014), Corsaro (2002; 2009), Rocha (2001; 2008), Kramer (2002; 2019), Buss-Simão (2012), Coutinho (2016), in the education of Ethnic-Racial Relations for early childhood education: Gomes (2003; 2005; 2017), Dias (2007; 2012), Oliveira (2004; 2017 ), Trinidad (2011), Nunes (2016; 2017) and in critical studies of whiteness: Bento (2002; 2022), Cardoso (2008), Schucman (2014; 2023) and Cardoso (2018). It was possible to conclude that the educational institution observed has a history with regard to the education of ethnic-racial relations, stamped on the walls, in materials, documentation, as well as in some educational-pedagogical actions. However, it presents some advances and ambiguities regarding compliance with law 10.639/03. In the social relationships established by the children, it was possible to observe the intertwining of gender and ethnic- racial relationships permeated by affections. We observed the maintenance of the symbolic privileges of normative whiteness in adult-child relationships and in relationships between peers, reverberating in the protagonism of white children, in the predilection for materialities belonging to Eurocentric culture, in the desire for whiteness expressed by some black children, revealing in how whiteness affects their identity constitutions.
Descrição: Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Ciências de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação, Florianópolis, 2024.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/254871
Data: 2024


Arquivos deste item

Arquivos Tamanho Formato Visualização
PEED1739-D.pdf 6.881Mb PDF Visualizar/Abrir

Este item aparece na(s) seguinte(s) coleção(s)

Mostrar registro completo

Buscar DSpace


Busca avançada

Navegar

Minha conta

Estatística

Compartilhar