Existem diferenças nas propriedades neuromusculares e tendíneas do quadríceps entre praticantes de ciclismo, corrida, triatlo e indivíduos fisicamente ativos?

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Existem diferenças nas propriedades neuromusculares e tendíneas do quadríceps entre praticantes de ciclismo, corrida, triatlo e indivíduos fisicamente ativos?

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Título: Existem diferenças nas propriedades neuromusculares e tendíneas do quadríceps entre praticantes de ciclismo, corrida, triatlo e indivíduos fisicamente ativos?
Autor: Lunardi, Morgana
Resumo: Praticar uma atividade esportiva ao longo dos anos pode moldar as propriedades neuromusculares e tendíneas dos atletas. Dentre os fatores que contribuem para as adaptações observadas destaca-se o tipo de contração muscular predominante, a distância percorrida (curtas ou longas), a intensidade e o ângulo do movimento. O objetivo da presente tese foi comparar as propriedades neuromusculares e tendíneas do quadríceps de ciclistas, corredores, triatletas e indivíduos fisicamente ativos (grupo controle). Para isso três estudos foram delineados. Todos os estudos foram realizados com 40 voluntários (37 homens e 3 mulheres), com idade entre 18 e 45 anos (30,3 ± 8,6 anos), divididos em praticantes de ciclismo (n=10), corrida (n=10), triatlo (n=10), e indivíduos fisicamente ativos (n=10). No estudo 1, o tendão patelar (TP) foi medido por um sistema de ultrassom modo B. Para mensuração do comprimento e espessura (em 5, 10, 15 e 20 mm do comprimento TP) a sonda foi posicionada paralelamente ao tendão e para mensuração da área de secção transversa (AST) a sonda foi posicionada perpendicularmente em 25%, 50% e 75% do comprimento TP. No estudo 2, o comprimento do fascículo (CF), a espessura muscular (EM) e o ângulo de penação (AP) foram medidos por um sistema de ultrassom modo B com imagem panorâmica. Para reto femoral (RF), as variáveis foram analisadas na posição de 50% do seu comprimento. E para vasto lateral (VL) foram analisadas cinco posições, sendo 0% próximo ao joelho e 100% próximo ao quadril. No estudo 3, foram realizadas duas contrações voluntárias isométricas máximas (CVMI) com duração de 5 s, com intervalo de 2 min e com dupleto (estímulo elétrico duplo) sobreposto durante o platô de força da CVMI, seguido de um dupleto potencializado aplicado 3 s após a CVMI com o participante relaxado. A partir da curva de torque, o pico de torque voluntário (vPT), pico de torque evocado (ePT), dupleto potencializado (PD), nível de ativação voluntária (VAL) e taxa de desenvolvimento de torque (TDT) em 15, 30, 50, 100, 150 e 200 ms foram analisados. Os resultados do estudo 1 demonstraram que ciclistas apresentam menor espessura de TP (independentemente do local aferido) em relação ao grupo de triatletas e ao grupo fisicamente ativo. Sem diferenças no comprimento e na AST do TP entre os grupos. Os resultados do estudo 2 demonstraram que não houve diferenças significativas entre os grupos para CF, EM e AP do RF e do VL. Com maiores valores para EM e AP do VL na região próxima ao joelho. Os resultados do estudo 3 demonstraram que não houve diferenças entre os grupos para vPT, ePT, PD e VAL. Observou-se também que houve uma TDT menor para ciclistas em comparação com corredores e controle, e uma TDT mais elevada do grupo controle em comparação com triatletas. Além disso, a TDT independente do grupo foi maior no intervalo de 0-50 ms comparado a 0-200 ms. Em conclusão, ciclistas, corredores, triatletas e indivíduos fisicamente ativos apresentam poucas diferenças nas propriedades neuromusculares e tendíneas, em especial, na TDT e na espessura do TP.Abstract: Practicing a sporting activity over the years can shape the neuromuscular and tendon properties of athletes. Among the factors that contribute to the observed adaptations, the predominant type of muscle contraction, the distance covered (short or long), the intensity and angle of the movement stand out. The objective of this thesis was to compare the neuromuscular and tendon properties of the quadriceps of cyclists, runners, triathletes, and physically active individuals (control group). For this, three studies were designed. All studies were carried out with 40 volunteers (37 men and 3 women), aged between 18 and 35 years (30.3 ± 8.6 years), divided into cyclists (n=10), running (n=10), triathlon (n=10), and physically active individuals (n=10). In study 1, the patellar tendon (PT) was measured using a B-mode ultrasound system. To measure length and thickness (at 5, 10, 15 and 20 mm of the PT length) the probe was positioned parallel to the tendon and for measurement of the cross-sectional area (CSA) the probe was positioned perpendicularly at 25%, 50% and 75% of the PT length. In study 2, fascicle length (FL), muscle thickness (MT), and pennation angle (PA) were measured by a B-mode ultrasound system with panoramic imaging. For rectus femoris (RF), the variables were analyzed at the position of 50% of its length. And for vastus lateralis (VL), five positions were analyzed, with 0% close to the knee and 100% close to the hip. In study 3, two maximal isometric voluntary contractions (CVMI) lasting 5 s were performed, with an interval of 2 min and with a doublet (double electrical stimulus) superimposed during the CVMI force plateau, followed by a potentiated doublet applied for 3 s after CVMI with the participant relaxed. From the torque curve, the voluntary peak torque (vPT), evoked peak torque (ePT), potentiated doublet (PD), voluntary activation level (VAL) and torque development rate (RTD) in 15, 30, 50, 100, 150 and 200 ms were analyzed. The results of study 1 demonstrated that cyclists have lower PT thickness (regardless of the location measured) in relation to the group of triathletes and the physically active group. No differences in PT length and AST between groups. The results of study 2 demonstrated that there were no significant differences between the groups for FL, MT and PA of the RF and VL. With higher values for MT and PA of the VL in the region close to the knee. The results of study 3 demonstrated that there were no differences between groups for vPT, ePT, PD and VAL. It was also observed that there was a lower RTD for cyclists compared to runners and controls, and a higher RTD for the control group compared to triathletes. Furthermore, group-independent TDT was greater in the 0-50 ms range compared to 0-200 ms. In conclusion, cyclists, runners, triathletes, and physically active individuals present few differences in neuromuscular and tendon properties, especially in RTD and PT thickness.
Descrição: Tese (doutorado) - Universidade Federal de Santa Catarina, Centro de Desportos, Programa de Pós-Graduação em Educação Física, Florianópolis, 2023.
URI: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/254514
Data: 2023


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