Avalição do potencial antidiabético de extratos de Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze (araucária) em modelo de toxicidade induzida pela glicose em Caenorhabditis elegans
Avalição do potencial antidiabético de extratos de Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze (araucária) em modelo de toxicidade induzida pela glicose em Caenorhabditis elegans
Avalição do potencial antidiabético de extratos de Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze (araucária) em modelo de toxicidade induzida pela glicose em Caenorhabditis elegans
Author:
Adão, Gabrielle Alice
Abstract:
O Diabetes mellitus (DM) se caracteriza por um grupo heterogêneo de distúrbios metabólicos que apresenta em comum a hiperglicemia. Entre os fatores envolvidos na sua fisiopatologia, estão o aumento da gordura visceral, a inflamação e o estresse oxidativo. Nesse sentido, estudos têm encontrado nas plantas, grande potencial dietético e farmacológico para a prevenção e tratamento do diabetes. A Araucaria angustifolia (Bertol.) O. Kuntze (araucária) é uma espécie vegetal do Sul e Sudeste do Brasil, sendo Santa Catarina o segundo estado com maior inserção dessa espécie. Porém, as suas reservas naturais atualmente estão limitadas a valores estimados entre 2 a 4% da sua área original, sendo que até 2070 prevê-se o fim da espécie caso nenhuma estratégia de conservação seja aplicada. Portanto, estudos que avaliem o seu potencial biológico são importantes e necessários para promover a sua valorização e conservação. Este estudo teve por objetivo caracterizar o perfil de compostos fenólicos, avaliar o potencial antidiabético in vitro e a toxicidade no nematódeo Caenorhabditis elegans de extratos de brácteas e sementes da araucária. A análise do perfil cromatográfico revelou que a catequina, seguido da epicatequina foram os compostos majoritários dos extratos das brácteas de araucária. No geral, o extrato aceto-etílico das brácteas (BAE) apresentou maior teor dos compostos fenólicos identificados em relação aos extratos hidroalcóolicos (BHA96 e BHA70) das brácteas. Os extratos das sementes apresentaram níveis de compostos fenólicos abaixo do limite de detecção (LOD) do método. Dois extratos de brácteas apresentaram atividade anti-hiperglicêmica in vitro por inibirem a enzima α-amilase pancreática, como o extrato hidroalcóolico obtido por extração exaustiva (BEE) e o aceto-etílico obtido por extração em Sohxlet (BAE). Até o momento, apenas o extrato BHA70 teve a sua toxicidade avaliada em C. elegans. Esses resultados revelaram que o BHA70 não afetou a sobrevivência, a reprodução e nem a longevidade de C. elegans. Os dados do estudo em conjunto, indicam que os extratos de brácteas de araucária são bons prospectos para futuros estudos pré-clínicos e clínicos de avaliação da bioatividade da araucária, em especial, do potencial antidiabético.
Description:
Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica. Universidade Federal de Santa Catarina. Centro de Ciências Rurais. Departamento de Agricultura, Biodiversidade e Florestas