A INFLUÊNCIA DA INCLINAÇÃO DE TRONCO NA RELAÇÃO I/Q (ISQUIOTIBIAIS E QUADRÍCEPS FEMORAL) NO EXERCÍCIO DE AGACHAMENTO

Abstract

Introdução: Já está bem estabelecido na literatura os benefícios da inclusão de exercícios terapêuticos nos planos de tratamento de diversas patologias, disfunções e lesões. Dessa forma, buscamos investigar com este estudo as variações de ativação muscular da musculatura de membros inferiores em um desses exercícios: o exercício de mini agachamento. Acreditamos que esses dados podem contribuir para uma prescrição adequada desse exercício considerando as particularidades de cada indivíduo. Objetivo: Analisar a relação entre a ativação de retofemoral e semitendíneo com as diferentes angulações de flexão de tronco no exercício de agachamento. Métodos: Os participantes foram submetidos à avaliação eletromiográfica, dos músculos quadríceps femoral e isquiotibiais durante duas condições de agachamento: agachamento com tronco reto e agachamento com tronco inclinado. Os eletrodos foram posicionados em reto femoral e semitendinoso conforme recomendações do SENIAM. A aquisição dos sinais eletromiográficos foi realizada durante 4 segundos de isometria no exercício de mini agachamento, primeiramente com o menor grau de flexão de tronco possível e após uma maior flexão de tronco durante a execução. A análise estatística foi realizada através do software Graphpad Prism. A normalidade dos dados foi verificada através do teste Shapiro-Wilk, e com a distribuição não normal foram realizados os testes Kruskal Wallis, seguido de post-hoc de Dunn. Resultados: Fizeram parte desse estudo 12 participantes. Foram encontradas diferenças significativas de ativação (p<0,001) para a ativação de quadríceps com tronco reto, e em condições de inclinação de tronco, não houve diferenças significativas entre os grupamentos musculares. Conclusão: O posicionamento inclinado do tronco durante o agachamento produziu uma maior ativação de isquiotibiais, enquanto um posicionamento reto do tronco produziu uma maior ativação de quadríceps.

Introduction: The benefits of including therapeutic exercises in the treatment plans of several pathologies, dysfunctions, and injuries are already well established in the literature. In this way, we sought to investigate in this study the variations of muscle recruitment of the lower limb muscles in one of these exercises: the mini squat exercise. We believe that these data can contribute to an adequate prescription of this exercise considering the particularities of each individual. Objective: To analyze the relationship between rectofemoral and semitendinous muscle activation with different trunk flexion angulations in the squat exercise. Methods: The participants were submitted to electromyographic evaluation of the quadriceps femoris and ischiotibial muscles during two squatting conditions: squatting with straight trunk and squatting with inclined trunk. The electrodes were positioned on rectus femoris and semitendinosus according to SENIAM recommendations. The acquisition of the electromyographic signals was done during 4 seconds of isometry in the mini squat exercise, first with the least possible degree of trunk flexion and after a greater trunk flexion during execution. Statistical analysis was performed using Graphpad Prism software. The normality of the data was verified through the Shapiro-Wilk test, and with non-normal distribution the Kruskal Wallis tests were performed, followed by Dunn's post-hoc. Results: Twelve participants took part in this study. Significant differences were found (p<0.001) for quadriceps activation with straight trunk, and in inclined trunk conditions, there was a greater activation of the hamstrings. Conclusion: The inclined trunk positioning during the squat produced a greater activation of ischiotibials, while a straight trunk positioning produced a greater activation of quadriceps.