Abstract:
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Este trabalho caracterizado como uma pesquisa bibliográfica de cunho
fundamentador, teve como objetivo refletir sobre as relações que envolvem a
formação/ produção de representações sociais sobre a cultura de movimento/
Educação Física em função da centralidade da mídia televisiva na organização do
cotidiano infantil e o modo como as experiências das crianças vêem se
transformando dentro deste contexto. Mesmo sabendo que na infância as
estruturas do pensamento encontram-se em processo característico de
desenvolvimento e consolidação, através de seu contato e descobertas no/com o
mundo, entendemos que as crianças, principalmente a nível escolar, já revelam
ou organizam sua percepção a partir de algumas possíveis representações
sociais compartilhadas. Mesmo podendo, muitas vezes, apresentar-se de forma
instável, ou até mesmo contraditória - fato relevado e possível dentro das
representações - acreditamos ser possível encontrar essas categorias do
pensamento no universo infantil, e ainda acredita-se que muito dessa influência
na atualidade é determinada pela televisão. A TV enquanto protagonista da
Indústria Cultural, ou sua melhor expressão espetacularizada, objetiva criar
condições para manutenção do status quo. Isto porque seus interesses estão a
favor da ideologia e modo capitalista de produção. Assim, as representações
produzidas vão ao encontro de valores desejáveis ao capital como:
individualismo, competição, consumo, etc. Presente em variados gêneros e
programas, especialmente aqueles onde encontramos grande audiência infantil,
essas imagens e informações sobre conteúdos e temáticas da cultura de
movimento, acabam constituindo-se em representações sociais que colonizam o
imaginário infantil. Sendo a escola uma possibilidade de mediação institucional
dentro do processo de comunicação, importante para ressignificação dos
conhecimentos propostos pela TV (criticando-os, afirmando-os ou transformandoos),
cabe a ação coletiva e política desta instituição (especialmente a pública)
investir na sua contribuição para uma educação emancipatória que não
desconsidere o educar para a mídia, com a mídia e produzindo mídia. |