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Este texto é fruto de uma pesquisa semiótica que procurou
explicar os motivos que levaram, a partir de um ponto
de vista fenomenológico inicial, um grupo de pesquisadores do
corpo e da comunicação identificar uma relação possível entre o
quadro A coluna partida, da pintora mexicana Frida Kahlo, com a
chamada cultura fitness feminina contemporânea. Para fundar tal
diálogo semiótico, suspendemos duas categorias: dor/sofrimento
e biotecnologia, pois entendemos que elas podem ser vistas
iconicamente mediante imagem e metáfora tanto na vida e na
obra de Frida Kahlo – retratada especificamente na pintura aqui
analisada –, como no contexto da cultura fitness, no que tange
a marcas, expressões e discursos que tais práticas inscrevem no
corpo feminino. Mirar o quadro A coluna partida com as lentes
da semiótica, visando estabelecer relações imagéticas e metafóricas
com a cultura fitness, remete-nos a uma leitura em que os
padrões modernos de beleza e saúde recaem sobre os corpos femininos
por meio das biotecnologias médicas cujo preço paga-se
também com dor/sofrimento.
Palavras-chave: Frida Kahlo; |
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