Urbgrafias: pensar no espaço da cidade que o corpo faz

Abstract

Urbgrafias tratam de cartografias de ações artísticas no espaço da cidade como potência de investigação sobre as espacialidades gestadas na encruzilhada arte e arquitetura. A construção do saber de forma transversal, que ?esculhamba criativamente? o canônico e potencializa as formas de existir, são os objetivos dessa investigação. Partindo disso, a presente tese versa sobre uma reflexão das linhas espirais que não delimitam, mas potencializam o que entendo pelo ato de urbgrafar: ação de refletir e experienciar as poéticas espaciais geradas pelo corpo em movimento no espaço. Com base nesse princípio e dando continuidade à pesquisa iniciada no Mestrado, aprofundo os conceitos norteadores do que são Urbgrafias e, através de encontros criativos, sugestiono uma possibilidade de ação. Através da reflexão sobre conceitos que cruzam o espaço/tempo da experiência, escrevo sobre as linhas que tencionam essa encruzilhada, saudando antes de tudo aquele responsável pela comunicação, fala e expressão. A imagem gerada através da espacialização das ações e as grafias do espaço experienciado através da ação artística são os elementos de composição de um ?mapa-performativo? do espaço da cidade, pensando na possibilidade de observação de ceno-grafias performativas. Como fundamento prático trago o encontro com a obra da artista Lygia Clark, que aqui atravessa de forma transversal o trabalho como potência de reflexão sobre o corpo. A partir dela elaboro três dispositivos de ação: o jogo do caminhar, o jogo do caber e o jogo do contar. A partir da proposição desses três jogos, busco a abertura de caminhos que possibilitam potencializar de forma prática as reflexões tecidas.

Abstract: Urbgraphies deal with cartographies of artistic actions in the space of the city as a power to investigate the spatialities created at the \"encruzilhadas\" of art and architecture. The construction of knowledge in a transversal way, which ?creatively sculpts? the canonical and enhances the ways of existing, are the objectives of this investigation. Based on this, this thesis is about a reflection of the spiral lines that do not delimit, but enhance what I understand by the act of urbgraphing: the action of reflecting and experiencing the spatial poetics generated by the body in motion in space. Based on this principle and continuing the research started in the Master's, I deepen the guiding concepts of what Urbgraphies are and, through creative encounters, I suggest a possibility of action. Through reflection on intersecting concepts the space/time of experience, I write about the lines that tension this \"encruzilhadas\", saluting above all those responsible for communication, speech and expression. The image generated through the spatialization of actions and the graphs of the space experienced through artistic action are the elements of composition of a ?performative-map? of the city's space, thinking about the possibility of observing performative scenographies. As a practical foundation I bring the encounter with the work of the artist Lygia Clark, who here crosses the work as a power for reflection on the body. From it, i elaborate three action devices: the game of walking, the game of fitting and the game of counting. From the proposition of these three games, I seek to open paths that make it possible to practically enhance the reflections realized.