Abstract:
|
O artigo analisa o caso da Rede Ecovida de Agroecologia. Compreende que ela inova em sua
estrutura e dinâmica organizativa, bem como em sua relação com os mercados. Organizativamente, ela se evidencia como uma rede multidirecional, com processos decisórios horizontalizados
e descentralizados. Na relação com os mercados, ela partiu de experiências locais e regionais,
resiste a se relacionar com as grandes superfícies comerciais (supermercados) e criou um circuito
de comercialização, trocando produtos entre seus núcleos regionais, com resultados comerciais
promissores. Estes processos inovadores são analisadas a partir da teoria dos sítios simbólicos
de pertencimento, para os quais a economia é um dos componentes da vida social, e as dinâmicas organizativas, mesmo as econômicas, não podem ser analisadas a partir de uma restrita
mentalidade mercantil. As trocas mercantis são uma dimensão importante da vida social, mas
o estudo permitiu verificar que, no universo da Rede Ecovida de Agroecologia, elas não são a
única e sequer a central. |