Abstract:
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A amizade é um encontro transparente entre pessoas, e quando se afasta desse ritmo esperado, o sentimento fica apenas na memória de quem gostaria de ter maior intimidade numa tranquila parceria. Nesta análise, trata-se da expressão de marcações afetivas em cenários literários interligados às circunstâncias parentais e a encontros casuais entre personagens femininas, em que, em geral, umas são relações duradouras e outras repentinas. Essa mobilidade é alicerçada por encadeamentos de interpretação com elucidações poéticas e históricas pensadas sob formulações sugeridas pelo francês Jacques Rancière (2005). O autor evoca “Uma partilha do sensível”, fórmula que, no conjunto da literatura, atrai tonalidades psicológicas e filosóficas, as quais se revelam na maneira “de fazer, ver e julgar” das escritoras no processo de criação das histórias ficcionais[1]. |